O Ibovespa encerrou em queda, mesmo após ter oscilado bastante durante o dia. O mercado ainda avalia o cenário político após a rejeição da denúncia contra Temer na Câmara.
Histórico
O indicador fechou com 75.896,35 pontos, uma desvalorização de 1,01%. As ações da Vale (VALE3) caíram 2,62%, as da CSN (CSNA3) perderam 3,64% e as das Lojas Renner (LREN3) recuaram 3,4%. Por outro lado, os papéis da Telefônica (VIVT4) subiram 1,87%, os da Embraer (EMBR3) cresceram 1,37% e os da Fibria (FIBR3) valorizaram 1,66%.
Em outubro, após 17 fechamentos, o índice valorizou 2,16%. Já foram oito pregões positivos, contra nove negativos. O mês de agosto fechou com 74.293,51 pontos.
Já no comparativo de 2017, após 203 pregões, o Ibovespa subiu 26,02%. Já foram 100 fechamentos positivos contra 103 negativos. Em 2016, o índice fechou com 60.227,29 pontos.
Influências
Na noite de ontem, a Câmara dos Deputados rejeitou em votação o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. 251 deputados foram favoráveis ao presidente, um número menor do que os 260 estimados pelo governo.
A queda no apoio ao Temer levanta dúvidas sobre a aprovação da Reforma da Previdência, uma vez que demonstra a falta de força política do presidente. “Salvar o Temer é legislar em causa própria para muitos congressistas. Aprovar a reforma é algo que afeta mais a dinâmica da sociedade, é mais complicado, [os parlamentares] têm mais pudor [de votar] porque pode afetar seu capital político”, afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, segundo a Reuters.
Ao mesmo tempo, houve a divulgação de diversos balanços, que impactaram a reação dos investidores. “Os resultados trimestrais [das empresas] têm afetado a dinâmica da bolsa”, afirmou Agostoni.