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Capital político de Temer se desvaloriza e reduz chance de reforma da Previdência

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Conforme era amplamente esperado, o presidente Michel Temer sobreviveu à segunda denúncia apresentada contra ele pelo Ministério Público Federal, mas viu sua posição ser levemente enfraquecida na Câmara dos Deputados, após dias de negociação intensa com os congressistas para que boa parte deles apoiasse o arquivamento das acusações.

Na primeira vez em que foi denunciado, o escudo do presidente contava com 263 deputados. Desta vez, no entanto, a blindagem diminuiu, passando para 251 deputados e aprofundando a trinca na área relacionada ao PSDB, um dos partidos que fazem parte da coalizão do governo Temer – a maioria dos membros da sigla foi a favor do prosseguimento das acusações ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Para tornar o clima ainda mais dramático, horas antes da votação em plenário Temer teve de ser levado ao hospital, o que gerou especulação momentânea sobre seu estado de saúde e atrasou o início dos trabalhos na Câmara – o que também reforçou a falta de coordenação da base aliada em relação ao voto. Posteriormente, foi esclarecido que ele havia sido submetido a um procedimento para esvaziar a bexiga, e a sessão prosseguiu.

A aparente fragilidade no poder de barganha do Planalto ainda não teve grandes efeitos no mercado financeiro. A maioria dos investidores e empresários aposta que haverá algum tipo de reforma da Previdência, mesmo que ela resulte num ajuste fiscal muito menor que o pretendido pelo Ministério da Fazenda.

O problema é que a proposta de emenda à Constituição que contém a reforma da Previdência está no Congresso há quase um ano e segue com a tramitação estacionada desde o início de junho à espera da votação no plenário da Câmara dos Deputados. O progresso lento da medida é um sinal desfavorável à tese em vigor, de que eventualmente o texto será aprovado.

Além disso, as eleições de 2018 se aproximam e, com elas, cresce a indisposição dos partidos em apoiar medidas amplamente impopulares, como é a reforma da Previdência. O capital político de Temer está ficando cada vez menor, seja pela impopularidade do próprio presidente ou pela queda na munição do Planalto para alimentar as amizades no Congresso.

O apoio político à reforma neste momento depende muito mais do desempenho da economia – se o crescimento e o emprego ganharem força, fica mais fácil para os congressistas apoiarem uma medida amarga, mas que dá resultado. Neste sentido, o principal negociador do Planalto será o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e a ferramenta para dobrar o Congresso será o gerenciamento das expectativas econômicas.

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