A elétrica mineira Cemig (BOV:CMIG4) postergou o vencimento de quase R$ 550 milhões em dívidas de sua subsidiária Cemig GT, de geração e transmissão, segundo ata de reunião do Conselho de Administração da companhia realizada na última semana e divulgada nesta terça-feira (24).
Em todos os casos, a Cemig adiou em 60 dias o vencimento de parcelas de contratos de crédito junto ao Banco do Brasil que ocorreriam em outubro, mas em troca de elevação nos encargos financeiros ou do pagamento de taxas.
Em duas parcelas, de R$ 33,9 milhões e R$ 95,2 milhões, os encargos financeiros sobre o saldo devedor passaram de 108% da variação do CDI para 128%.
Em uma terceira parcela, de 270 milhões, o custo passou de 112% do CDI para 128% do CDI. Uma última parcela, de R$ 150 milhões, foi postergada em troca do pagamento de um “fee” de 0,5% sobre o total do principal a ser prorrogado.
A Cemig também reviu as cláusulas para vencimento antecipado das dívidas. Pelos termos, os credores poderão exigir o pagamento dos débitos caso a alavancagem da empresa, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa, ultrapasse 5,5 vezes em 2017.
Para 2018, o teto para a alavancagem é de 5 vezes, para 2019 de 4,5 vezes, para 2020 de 3 vezes e para 2021 de 2,5 vezes.
No final de junho, a Cemig somava R$ 12,5 bilhões em dívida líquida, com uma alavancagem de 3,98 vezes. Desses valores, R$ 8 bilhões têm vencimento em 2017 e 2018.
Fonte: G1