Mercados Globais
A semana terá uma agenda econômica cheia e já começou com dois eventos que agitam o cenário: o referendo catalão e o atentado nos EUA. O euro está renovando as suas mínimas, após a realização do referendo na Catalunha, que indicou o desejo de independência da população local. A partir de agora, os mercados globais passarão a monitorar a situação espanhola com muita cautela, já que os desdobramentos de uma crise política podem ser negativos para o país, que lentamente vem se ajustando, após a crise de 2011. Antecipando essa possibilidade, os títulos da dívida espanhola se desvalorizaram e suas taxas de juros subiram e a bolsa de Madrid caiu.
Veja o gráfico do euro:
Nos EUA, o atentado em Mandalay Bay tem cinquenta mortos confirmados e isso traz impactos ao mercado. A semana deverá ter como protagonistas, os líderes do governo, que tentarão especificar a proposta de reforma tributária, que tem empolgado os mercados. A redução da alíquota do imposto corporativo, de 35% para 20%, poderá reduzir a arrecadação em US$ 7,2 trilhões em vinte anos, se for feita de forma permanente. Os líderes precisarão mostrar as fontes que compensarão essa perda de receita, para mostrar que o plano é viável. Colocar esse ambicioso plano em funcionamento é difícil e custoso, do ponto de vista político e o mercado vai acompanhar essa evolução.
Brasil
No Brasil, a semana começou com divulgação do IPC-S de setembro, que apresentou queda de 0,02%.
Veja a tabela da FGV:
A inflação do mês de setembro foi influenciada pela queda dos preços dos alimentos (-0,48%) e pela mudança da bandeira tarifária da energia elétrica residencial, que fez o item habitação cair 0,40%. Em outubro e novembro esse item voltará a pressionar a inflação por conta da volta à bandeira vermelha. A inflação só não caiu mais por conta dos efeitos da alta do combustível no item transporte. O cenário positivo para inflação está mantido e a semana deve assistir à queda dos juros mais longos, por conta disso.