Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do país entre 15 de setembro e 14 de outubro de 2017 foi de 0,34%. A alta dos preços nesse período foi puxada, principalmente, pelo aumento de itens relacionados à habitação.
O índice de outubro foi influenciado, principalmente, pelos combustíveis: houve alta de 5,36% nos combustíveis domésticos, pertencentes ao grupo Habitação (0,66%), e de 1,29% nos combustíveis de veículos, incluído no grupo Transportes (0,60%).
O gás de botijão, integrante do grupo Habitação, subiu 5,72% e teve o maior impacto individual no índice (0,07 p.p.). Entre setembro e outubro, a Petrobrás anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 kg: 12,2% a partir de 06 de setembro; 6,90% a partir de 26 de setembro e 12,9% a partir de 11 de outubro. Com isso, o item variou dos 2,10% registrados na região metropolitana do Rio de Janeiro até os 7,89% da região metropolitana de Belém.
Ainda no grupo Habitação, a alta na taxa de água e esgoto (0,11%) reflete o reajuste de 4,33% na região metropolitana de Fortaleza, a partir de 23 de setembro, em complementação aos 12,90% em vigor desde junho de 2017. Já a energia elétrica apresentou queda de 0,15% e as variações oscilaram entre -1,82% da região metropolitana de Porto Alegre e 3,77% em Salvador.
O grupo Transportes (0,60%) desacelerou em relação ao índice de setembro (1,25%). Tal movimento foi influenciado pela gasolina (de 3,76% em setembro para 1,45% em outubro) e as passagens aéreas (de 21,30% em setembro para 7,35% em outubro).
Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados destacam-se os Artigos de residência (-0,13%) puxados pelos eletrodomésticos (-0,57%) e o grupo Comunicação, cuja alta de 0,48% reflete o reajuste no item telefone celular (1,30%).
O grupo dos alimentos recuou 0,15%, uma queda menos intensa que a de setembro (-0,94%). Curitiba (1,00%), Goiânia (0,28%), São Paulo (0,27%) e Fortaleza (0,18%) se destacaram com variações positivas de um mês para o outro. As demais áreas ficaram entre -1,05% em Recife e
-0,09% em Salvador.
Os alimentos para consumo no domicílio ficaram, em média, 0,34% mais baratos com destaque para as quedas: alho (-9,88%), feijão-carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa vida (-3,52%). No lado das altas, sobressaem-se as carnes (0,54%) e as frutas (1,40%).
Já a alimentação fora de casa (0,18%) teve oscilações entre -2,18% em Brasília e 2,67% na região metropolitana de Curitiba.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de setembro a 11 de outubro de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de agosto a 13 de setembro de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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Variação mensal dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA-15
Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA-15 de outubro de 2017.
Mês (%) | Ano (%) | 12 Meses (%) | |
Alimentação e Bebidas | -0.15 | -1.89 | -2.12 |
Artigos de Residência | -0.13 | -0.88 | -1.31 |
Comunicação | 0.48 | 1.49 | 1.73 |
Despesas Pessoais | 0.50 | 3.85 | 5.01 |
Educação | 0.01 | 6.92 | 7.02 |
Habitação | 0.66 | 4.31 | 4.39 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0.54 | 5.84 | 7.02 |
Transportes | 0.60 | 2.84 | 4.13 |
Vestuário | 0.48 | 1.90 | 2.45 |
Total | 0.34 | 2.25 | 2.71 |