Todos os participantes dos dois leilões de áreas do pré-sal da 2ª e 3ª rodada realizados hoje pela ANP foram vencedores, avalia o BTG Pactual em um relatório publicado nesta sexta-feira (27). O governo conseguiu arrecadar para os cofresda União R$ 6,15 bilhões em bônus, vendendo seis dos oito blocos ofertados – o equivalente a 75% de toda a área ofertada. Vão ainda propiciar R$ 760 milhões em investimentos nos próximos anos.
- Todos os vencedores vieram de consórcios, com a Petrobras e a Shell ganhando três blocos cada. Outros grandes fizeram parte de consórcios vencedores, como a Exxon (já ativos no leilão do mês passado), Total, BP, Repsol, Statoil e Repsol Sinopec, alguns deles como operadores, destaca o BTG em uma análise assinada por Antonio Junqueira, Gustavo Castro e Daniel Guardiola.
- “Após as regras do monopólio, o conteúdo local, os royalties e o sistema Repetro serem todos ajustados, o interesse mais forte dos participantes da indústria era inevitável. No final do dia, a Petrobras, outras petroleiras e o Brasil têm razões para comemorar o ressurgimento do setor!”, explicam os analistas.
- O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explicou na tarde de hoje que as ofertas elevadas dos consórcios com participação da estatal nos leilões do pré-sal buscavam garantir os contratos, em um cenário em que os concorrentes eram empresas de grande porte e que demonstravam interesse nos blocos.
- Sobre a possibilidade de o Congresso vir a promover mais mudanças na Lei de Partilha, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o leilão atestou o êxito das alterações na lei, mas que o governo está “aberto a sugestões” que levem ao aperfeiçoamento das regras dos leilões.
- Uma proposta do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) que autoriza a Petrobras a vender até 70% das áreas não concedidas da camada pré-sal, aguarda a distribuição para as comissões da Câmara.
Fonte: Money Times