O líder da maioria na Câmara, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), apresentou requerimento para adiar a votação em plenário da denúncia contra Michel Temer e os ministros Eliseu Padilhae e Moreira Franco. A estratégia tem como objetivo forçar o registro da presença dos parlamentares no plenário para garantir o quórum mínimo de 342 deputados necessários para analisar a denúncia, sob pena de contabilizar falta e corte do salário para os ausentes.
Até as 14h05 faltavam 30 deputados para atingir o quórum. Desde cedo, membros da oposição se recusam a registrar presença no plenário para dificultar que o governo alcance o quórum para iniciar a votação. A estratégia é adiar a análise e, assim, causar desgaste ao governo. Durante a votação do requerimento apresentado por Lelo, a oposição não registrou presença e se manteve em obstrução.
Integrantes da base aliada ao governo fizeram na tribuna do plenário um apelo para que os deputados já presentes na Casa registrem presença no plenário para dar andamento à sessão. Pela manhã, se manifestaram o relator da matéria, os advogados de defesa de Temer e dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, além de seis deputados da base governista.
Pouco antes de 12h, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a discussão por falta de inscritos e, desde então, para dar início à votação, aguarda que o plenário alcance o quórum de 342 deputados. O número equivale a dois terços do total de 513 parlamentares da Casa, conforme determina a Constituição Federal para votações de processo de investigação contra presidente da República.
Do lado de fora do plenário, circulam vários deputados da oposição que se recusam a registrar presença. A sessão foi iniciada por volta de 9h20 e não pode se estender para além das 14h20. Se atingir o horário limite máximo de 5 horas de duração de uma sessão deliberativa, o presidente deverá abrir outra sessão e zerar o painel de registro de presença dos deputados.