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Parceria com a BP pode ampliar gás no portfólio da Petrobras, diz Parente

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A sociedade formada para levar duas áreas da 3ª Rodada de pré-sal – Alto de Cabo Frio Central e Peroba – com a BP já foi um desdobramento da parceria estratégica firmada pela Petrobras (PETR3) (PETR4) com a petroleira britânica em outubro e divulgada nesta terça-feira (31), segundo o presidente da estatal, Pedro Parente.

“Mas há também um interesse muito grande na parceria estratégica com a BP no que diz respeito ao tema do gás, que vai nos permitir aumentar a participação do gás no portfólio da Petrobras. Lembrando que gás é o combustível de transição”, afirmou Parente, após participar de palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

O executivo falou também “numa eventual parceria na área de comercialização, na compra e venda de derivados e petróleo cru, na chamada operação de trading”. De acordo com Parente, a BP possui grande experiência nessa área, que pode beneficiar a estatal”.

Ele descartou qualquer conversa sobre investimentos conjuntos para concluir a refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A única negociação nesse sentido seria com a chinesa CNPC.

Parente mencionou também a existência de campos da BP com “bastante quantidade de gás” e a possibilidade da petroleira britânica estar “disposta a ceder parte desses campos num processo de troca”. “É um modelo que envolveria a possibilidade de troca de ativos, mas ainda está muito preliminar a discussão”, afirmou.

Questionado sobre a manifestação de interesse da empresa holandesa LyondellBasell na Braskem, como divulgado na empresa, Parente disse não ter conhecimento. A Petrobras é sócia da Odebrecht na petroquímica e negocia mudança no estatuto social para vender a sua participação. “Não temos informação nenhuma de que haveria a proposta”, disse.

Corrupção

Parente afirmou que as devoluções de dinheiro desviados em esquemas de corrupção contribuem para o caixa. Na segunda-feira, 30, foi divulgado o retorno de R$ 87 milhões. O valor, porém, não é suficiente para resolver o alto endividamento, de US$ 90 bilhões, destacou o executivo.

“Então, esses (cerca de) R$ 80 milhões são cerca de 0,3% da dívida. Eu não estou dizendo que é pouco, não é isso. Estou dizendo que quando comparado com a nossa dívida, temos um longo caminho pela frente. Todo o dinheiro que nós pudermos recuperar, dado que a Petrobras é vítima, nós queremos recuperar”, afirmou.

Aliança 

A Petrobras assinou Carta de Intenções (LOI) com a BP para identificar e avaliar conjuntamente oportunidades de negócio, visando uma potencial aliança estratégica entre as companhias. O documento foi assinado em Londres pelo diretor executivo de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, e pelo presidente de Upstream da BP, Bernard Looney, no último dia 18 de outubro, diz a estatal em comunicado distribuído ao mercado.

As conversas envolvem ativos ou empreendimentos no Brasil e no exterior, incluindo cooperação nas áreas de exploração & produção, refino, transporte e comercialização de gás, GNL, trading de petróleo, lubrificantes, combustível de aviação, geração e distribuição de energia, renováveis, tecnologia e iniciativas de baixa emissão de carbono.

Como lembra o comunicado, Petrobras e BP participaram juntas da terceira rodada de licitação da ANP sob o regime de partilha de produção, semana passada, no bloco Alto de Cabo Frio Central, em um consórcio 50%-50%, e no bloco Peroba, em um consórcio 40% Petrobras, 40% BP e 20% CNODC (subsidiária da CNPC). No caso da CNPC, a Petrobras também assinou com ela Memorando de Entendimento para formar “uma aliança estratégica abrangente”, como anunciado em 4 de julho.

“Para a Petrobras, a realização de parcerias é uma estratégia importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021. As parcerias estratégicas têm como benefícios potenciais o compartilhamento de riscos, o aumento da capacidade de investimentos na cadeia de óleo e gás, o intercâmbio tecnológico e o fortalecimento da governança corporativa”, explica a companhia.

Fonte: Agência Estado

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