Os estrategistas do BTG Pactual, Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, afirmaram em relatório que no próximo rebalanceamento do Ibovespa, o qual terá uma prévia oficial divulgada em 45 dia, deve contar com seis nomes novos. Apesar da lista com as ações que compõem o índice ainda ser extremamente nebulosa, ambos apontam pistas que podem levar a essas entradas.
Atualmente, o indicador é composto por 59 ações de 56 companhias, mas os estrategistas esperam que esse número mude para 65 ações de 62 empresas. Segundo eles, seriam incluídas Magazine Luiza (MGLU3), Fleury (FLRY3), Via Varejo (VVAR11), Sanepar (SAPR4), Iguatemi (IGTA3) e Gol (GOLL4).
Esses acréscimos seriam motivados pelos recentes IPOs, abertura de capitais, e Follow-on, ofertas subsequentes de ações, que teriam aumentado o volume de negociações. Mesmo que a Magazine Luiza tenha sido a única que entrou para o mercado nos últimos tempos entre todas nessa lista, Sequeira e Teixeira argumentam que “a resposta reside na metodologia de cálculo do B3, uma vez que estas ofertas aumentaram o índice combinado de negociação da Bovespa, permitindo que mais nomes se juntem ao índice”.
A expectativa é que haja um impacto mais agressivo no fluxo de capitais, uma vez que os fundos passivos tendem a seguir o Ibovespa e houve um aumento significativo sobre os ativos sob a gestão dos fundos. “No último rebalanceamento, estimávamos que esses fundos contribuiriam com um pressão de R$ 5 bilhões, mas esse número é 60% maior agora, para R$ 8 bilhões”.
No relatório, os estrategistas apontam que as cinco empresas com maior representatividade no índice tenham um peso de 38,3%, sendo a mais alta porcentagem desde 2010. Essas empresas são: Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3) (BBDC4), Vale (VALE3), Ambev (ABEV3) e Petrobras (PETR3) (PETR4).