A Vale (BOV:VALE5) (BOV:VALE3) divulgou nesta quinta-feira, 26, os seus resultados do terceiro trimestre de 2017 (3T17).
De acordo com informações publicadas pela empresa em um press release, a companhia teve um lucro líquido de R$ 7 ,143 bilhões no 3T17, comparado ao mesmo período do ano anterior (3T16), que o lucro foi de R$ 1,8 bi.
No segundo trimestre de 2017 (2T17) o lucro líquido da empresa foi de R$ 60 milhões.
O EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de US$ 4,192 bilhões no 3T17, ficando 53,6% acima do 2T17, principalmente em função de: maiores preços (US$ 851 milhões); melhores prêmios (US$ 447 milhões) nos produtos de alta qualidade de minério de ferro; maiores volumes (US$ 219 milhões) devido ao ramp-up bem-sucedido de S11D; menores custos (US$ 70 milhões).
A Geração de caixa livre foi de US$ 1,438 bilhão e a queda na dívida líquida foi de US$ 1,056 bilhão, encerrando o 3T17 em US$ 21,066 bilhões.
A redução só não foi maior devido aos efeitos líquidos da apreciação do real na dívida da Vale, que aumentaram a dívida denominada em reais quando convertida em dólares em US$ 667 milhões, e aos efeitos temporários da volatilidade do preço de minério impactando contas a receber.
O aumento da necessidade de capital de giro foi de US$ 981 milhões, porém a empresa espera um efeito inverso e positivo no fluxo de caixa no 4T17 com o aumento dos recebimentos durante o trimestre: “O quarto trimestre acelerará a redução da dívida. Tradicionalmente é um trimestre muito forte em termos de venda e recebimentos, e, além disso, assinaremos o Project Finance do Corredor de Nacala no dia 22 de novembro de 2017, com o recebimento acima de US$ 2 bilhões. Os recursos estarão totalmente disponíveis para a redução da dívida, nos permitindo atingir o target de dívida líquida entre US$ 15 e 17 bilhões de 2017”, destacou o CFO da Vale, Luciano Siani Pires.
O CEO da Vale, Fabio Schvartsman, ainda comentou sobre os primeiros resultados inteiramente sob sua gestão: “O desempenho do 3T17 mostra melhorias na realização de preço e os resultados iniciais da abordagem de gerenciamento de custos matricial. Além disso, a rigorosa disciplina na alocação de capital terá impacto direto nos fluxos de caixa futuros”.