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B3 lança opções flexíveis de ações e futuro de soja listado na CME

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A B3 lança nesta semana dois contratos de opções, um de ações e outro de soja, diante da crescente demanda de grandes investidores por produtos mais flexíveis em derivativos. A nova opção de ações permite que as partes combinem entre si vários dos critérios dos contratos que no mercado tradicional são padronizados, tais como datas e volumes.

Além disso, a própria B3 pode de antemão entrar como contraparte central do negócio num evento de inadimplência no vencimento ou na liquidação antecipada. Na prática, se uma das partes não honrar o contrato, a bolsa o faz automaticamente.

“O risco da operação é igual ao dos contratos de opções que já existem no mercado, mas a opção flexível dá mais agilidade aos investidores”, disse à Reuters o superintendente de Produtos da B3, Fabio Zenaro. As partes também poderão definir limitadores e barreiras para o exercício dos contratos. Num exemplo, o preço-base de exercício de uma opção de compra pode ser de R$ 15,00. Comprador e vendedor podem acertar que, independente de que nível superior a esse valor o ativo atingir, o exercício se daria a R$ 20,00, explicou Zenaro.

Inicialmente, a opção flexível terá como base 15 ações de maior liquidez: Ambev (ABEV3), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco PN (BBDC4), BB Seguridade (BBSE3), BRF (BRFS3), B3 (BVMF) , Cielo (CIEL3), CSN (CSNA3), Cyrela (CYRE3) , Gerdau PN (GGBR4), Itaú Unibanco PN (ITUB4), Kroton (KROT3), Petrobras PN (PETR4), Usiminas PNA (USIM5) e Vale (VALE3).

Os contratos de opções são usados para proteção contra flutuação de preços no mercado, e também para estratégias de investimento com exposição a um determinado ativo.

Soja

Já a opção de futuro de soja permite negociação de um contrato listado na B3 e na Bolsa de Chicago, o que permite alavancar posição e fazer arbitragem de preços.

O produto livra o detentor de uma posição comprada num contrato de opção de ter que depositar margem de garantia para manter a posição. Além disso, após o pagamento do prêmio não há
ajustes diários para as partes.

Para Fabiana Perobelli, superintendente da B3, a iniciativa permitirá que investidores de menor porte passem a poder fazer arbitragem no mercado de soja sem ter que negociar diretamente
na bolsa de Chicago.

Os lançamentos da B3 acontecem após a bolsa ter concluído em agosto a integração de sua estrutura de pós-negociação, que migrou operações dos mercados de renda variável e de renda fixa para uma nova infraestrutura integrada com mercados de derivativos e de commodities.

Fonte: Reuters

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