O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,1% em outubro sobre setembro, a R$ 3,052 trilhões, voltando a crescer após três quedas consecutivas, divulgou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira.
A elevação foi fruto do avanço nos financiamentos pelas famílias, com o saldo em alta de 0,7% na mesma base de comparação. As empresas, por sua vez, seguiram mostrando fraqueza, com estoque de crédito caindo 0,5% em outubro sobre o mês anterior.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o estoque total de crédito sofreu retração de 1,7%. Em 12 meses, o recuo é de 1,4%, ainda refletindo os efeitos da recessão econômica no país nos últimos dois anos. Para 2017, o BC prevê desempenho estável.
Considerando apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras, os juros médios subiram a 43,6% em outubro, contra 43,3% em setembro, apesar da continuidade do ciclo de afrouxamento da taxa básica de juros.
No fim de outubro, o BC reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, a 7,5 por cento ao ano, muito próximo da mínima histórica da taxa básica, de 7,25 por cento.
O spread, que mede a diferença entre o custo de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, também cresceu a 35,4 pontos percentuais, contra 35,1 pontos no mês anterior.
Já a inadimplência em recursos livres ficou estável em outubro em 5,4%.
Fonte: Reuters