A gigante chinesa CCCC, dona da Concremat Engenharia e do projeto portuário de São Luís no Maranhão, tem planos de comprar uma participação na Malha Sul ferroviária. A empresa não descarta ser acionista minoritária da malha, mas tem como real objetivo a compra de 55% a 60% do todo. A proposta inicial para o negócio é de um aporte de R$ 2 bilhões e investimentos de R$ 6 bilhões em dez anos. O trecho de 7.208 quilômetros, atualmente, está nas mãos da Rumo (BOV:RAIL3), que segundo o jornal O Estado de S. Paulo, não pretende abrir mão do controle.
A empresa, representada pelo Banco Modal, está competindo com as japonesas Mitsubishi e Sumitomo. As três negociam separadamente com a Rumo, que está sendo assessorada pelo Bank of America Merreill Lynch.
O processo de venda depende da continuidade da Rumo na administração do trecho de 2.039 km da Malha Paulista. As empresas entendem que caso não haja a prorrogação do trecho paulista, a compra na participação da Malha Sul seria inviável no momento, pois não haveria o retorno dos investimentos.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a movimentação de cargas na Rumo Malha Sul caiu de 28,9 mil toneladas para 18,3 mil, desde 2006, e nem todos os trechos apresentam viabilidade econômica, como o transporte para a Argentina.