O setor industrial brasileiro cresceu 1,6% nos nove meses de 2017, com destaque para os avanços mais acentuados vindos dos setores associados à produção de bens de consumo duráveis e de bens de capital. Vale ressaltar, nesse confronto, a influência da baixa base de comparação, uma vez que o total da indústria apontou queda de 7,5% no período janeiro-setembro de 2016.
No índice acumulado para janeiro-setembro de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,6%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (14,8%) e indústrias extrativas (6,1%) exerceram as maiores influências positivas na média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, caminhões e autopeças, na primeira; e minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural, na segunda.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (20,3%), de metalurgia (2,4%), de produtos do fumo (22,9%), de máquinas e equipamentos (2,8%), de produtos de borracha e de material plástico (2,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (2,5%).
Entre as nove atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,4%) assinalou a maior contribuição negativa no total da indústria, pressionada, em grande medida, pelo item óleo diesel. Vale destacar também os resultados negativos vindos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,2%), de outros equipamentos de transporte (-12,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,5%) e de impressão e reprodução de gravações (-10,3%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,7%) e bens de capital (4,5%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (19,1%) e eletrodomésticos (10,3%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (4,7%), para uso misto (17,1%), para construção (32,8%) e agrícola (9,6%), na segunda. Vale destacar, nos dois grandes grupamentos, a influência da baixa base de comparação, uma vez que no período janeiro-setembro de 2016 esses segmentos apontaram recuos de 18,7% e de 14,2%, respectivamente. Os segmentos de bens intermediários (0,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,3%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado no ano, mas com avanços abaixo da magnitude observada na média nacional (1,6%).
Pesquisa Industrial Mensal
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de setembro de 2017.