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Investimentos dão primeiros sinais de reação após quatro anos de queda

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Após quase quatro anos em queda praticamente ininterrupta – houve apenas um respiro, com alta de 0,4% no segundo trimestre do ano passado –, os investimentos devem começar agora a deixar o fundo do poço. A projeção é que a taxa de investimentos na economia tenha fechado o terceiro trimestre deste ano com crescimento de até 1,6%. Mas, segundo especialistas, ainda vai demorar muito tempo para se recuperar o que foi perdido nesse período: em quatro anos, a taxa de investimentos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 21,1% para os atuais 15,5%.

Rodolfo Margato, economista do Santander, por exemplo, projeta que os investimentos tenham crescido 1% no terceiro trimestre e devem ganhar mais ritmo no próximo ano, quando devem avançar 6%. Porém, esse crescimento ainda estará longe de recuperar os níveis pré-crise. “É claro que a volta dos investimentos é um sinal positivo, por interromper quatro anos de contração, mas está longe de compensar todas as perdas desse período.”

Os sinais de que há um início de reação aparecem aos poucos. O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, que mede os investimentos das empresas em bens de capital), calculado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que, em agosto, o investimento cresceu 0,8% em relação a agosto de 2016, após 13 meses seguidos de queda.

“Está havendo um respiro no investimento quando se olha os dados mensais”, diz o economista José Ronaldo de Souza Júnior, coordenador de Estudos de Conjuntura do Ipea. Ele ressalta que o investimento em máquinas e equipamentos está crescendo bastante e de forma aparentemente consistente. Sua projeção é que, no terceiro trimestre, a taxa de investimentos na economia tenha crescido 1,6%.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de máquinas e equipamentos foi destaque positivo em agosto em várias bases de comparação dentro da indústria em geral. A produção de bens de capital cresceu cinco meses seguidos – entre abril e agosto – em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto, acumula uma alta de 4,4%, enquanto a produção industrial como um todo subiu 1,5%.

“É inegável que há uma melhora de ritmo, mas como as perdas do passado foram intensas, o movimento é muito gradual e lento em relação à retomada do investimento”, diz o economista André Macedo, gerente da Coordenação da Indústria do IBGE. Ele ressalta, no entanto, que, apesar do recente crescimento, a produção de bens de capital em agosto está 37,2% abaixo do seu ponto mais elevado, atingido em setembro de 2013.

De acordo com o indicador do Ipea, em agosto, o consumo aparente de máquinas (que é a produção nacional descontada a exportação e acrescida da importação) subiu 11% em relação ao mesmo mês de 2016. No ano, o consumo aparente de máquinas saiu do vermelho, com um avanço de 0,2%. Já a construção civil, que responde pela maior parcela do investimento, acumula queda de 6,2% no ano e um recuo de 4,5% em agosto.

Fonte: Estadão

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