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JBS tem lucro de R$ 1,9 bi, 114% a mais no 3º tri, mas resultado contábil é de R$ 323 milhões

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A JBS (BOV:JBSS3), maior produtora de proteína animal do mundo e dona das marcas Friboi, Seara e Swift, divulgou um lucro líquido não recorrente, sem eventos especiais, de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre, 114,2% acima do obtido no mesmo período do ano passado, de R$ 887 milhões. Descontando os efeitos da adesão ao Programa de Regularização Tributária (PERT), porém, o lucro cai para R$ 323 milhões, que é o lucro a ser distribuído aos acionistas, equivalente a R$ 0,12 por ação. A empresa divulgou comunicado informando que o balanço não é acompanhado de parecer dos auditores independentes, que dependem ainda do acordo de leniência negociado pela empresa com o Ministério Público.

A receita líquida da companhia ficou praticamente estável, em R$ 41,144 bilhões. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda) cresceu 37,4%, para R$ 4,319 bilhões. A margem Ebitda, que mostra a relação desse indicador com a receita, aumentou de 7,5% para 10,5%. O fluxo de caixa operacional cresceu 91,5%, para R$ 2,781 bilhões, e o fluxo de caixa livre aumentou 312%, para R$ 3,223 bilhões.

Já a dívida líquida da empresa caiu 9,6%, para R$ 45,539 bilhões. Com isso, a alavancagem da empresa, medida pela relação entre o Ebitda e a dívida líquida, caiu de 4,16 vezes no segundo trimestre deste ano para 3,42%.

“Alcançamos resultados excelentes, devido principalmente ao forte desempenho das nossas operações internacionais e da evolução relevante apresentada pela Seara”, diz Gilberto Tomazoni, diretor global de operações da JBS. . “Adicionalmente, tivemos uma melhoria significativa na geração de caixa livre, que veio principalmente das nossas operações, impulsionando a nossa liquidez e reduzindo significativamente a nossa alavancagem. Nossa liquidez total ao final do trimestre foi superior ao nosso endividamento de curto prazo”, completou.

A empresa informou que o Conselho autorizou a divulgação do balanço sem o relatório de revisão do auditor independente. O término do processo de auditoria e a emissão do respectivo relatório dependem dos resultados dos trabalhos de apuração dos fatos relacionados ao Acordo de Leniência firmado entre a J&F e o Ministério Público Federal. “Os trabalhos de apuração dos fatos objeto de tal acordo estão em curso e a companhia está acompanhando a sua evolução e tomando as providências necessárias para que seja concluído com a maior brevidade possível”, diz nota da empresa. “É importante ressaltar, ainda, que apesar da não emissão do relatório de revisão, os auditores independentes continuam a auditar os números da Companhia regularmente, mantendo as rotinas e procedimentos de trabalho usuais”, acrescenta a JBS.

A JBS informou que as demonstrações financeiras das suas subsidiárias no exterior (JBS USA, incluindo Canadá e Austrália, PPC e Moy Park) foram regularmente auditadas pelos seus auditores independentes, tendo inclusive sido emitidos os respectivos pareceres. A receita líquida dessas subsidiárias, em conjunto, representa aproximadamente 75% da receita líquida consolidada da companhia.JBS, Empresas, Balanço, Resultados Trimestrais,

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