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PMI Industrial do Brasil sobe para 51,2; emprego volta a crescer após mais de 2 anos

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A saúde da economia do setor industrial brasileiro continuou a melhorar no início do último trimestre de 2017, com as empresas voltando a contratar após dois anos e meio, informou hoje o instituto de pesquisas Markit. Ao permanecer acima do nível crítico de 50,0 em outubro, o Índice Gerente de Compras (PMI ) da Indústria para o Brasil, sazonalmente ajustado, mostrou sua terceira melhora consecutiva nas condições operacionais. Além disso, o número básico aumentou de 50,9 em setembro para um recorde de alta de cinco meses de 51,2 em outubro.

O crescimento contínuo de novas encomendas incentivou as empresas a elevarem os volumes de produção e a recrutarem pessoal, informou o Markit. Houve compra de insumos adicionais em sintonia com cargas mais elevadas de trabalho, ao mesmo tempo em que os estoques diminuíram novamente. Com relação aos preços, foram observados aumentos adicionais nos custos de insumos e nos preços cobrados.

Oitavo mês de alta nas encomendas

De um modo geral, o nível de novos trabalhos recebidos pelos fabricantes brasileiros aumentou pelo oitavo mês consecutivo em outubro, refletindo a tendência para o volume de produção. Em ambos os casos, as taxas de expansão foram modestas e em sintonia com as respectivas médias no período atual de crescimento. Os volumes de produção e de novos negócios aumentaram em dois dos três grupos de mercado monitorados, com a exceção sendo o de bens de consumo que voltou a se contrair.

Aumento de emprego depois de dois anos

Os postos de trabalho nas fábricas do Brasil cresceram pela primeira vez desde fevereiro de 2015, com o aumento sendo atribuído a novos projetos em fase de preparação. A taxa de crescimento de empregos foi marginal, mas representou uma mudança de direção importante em relação às contrações acentuadas observadas no início do ano, informa Pollyanna de Lima, economista responsável pelo estudo.

Empresas compram mais insumos

Os fabricantes investiram mais não só em pessoal como também na aquisição de insumos. Depois de terem diminuído em setembro, as quantidades de compras aumentaram em outubro. Apesar de modesta, a taxa de expansão foi a segunda mais forte registrada desde março de 2014.

Ao mesmo tempo em que a quantidade total de novos trabalhos continuou a aumentar, o volume de novos negócios provenientes do estrangeiro voltou a contrair-se. A redução foi apenas modesta, mas a primeira desde abril. Ao mesmo tempo, os estoques diminuíram ainda mais em outubro. Os estoques de insumos e de produtos acabados caíram pelo trigésimo quarto mês consecutivo, embora as taxas de redução tenham-se atenuado em ambos os casos.

Emprego foi grande mudança

Segundo Pollyanna, os fabricantes brasileiros relataram aumentos adicionais nos volumes de produção e nos de registros de pedidos no início do último trimestre do ano, dissipando qualquer dúvida de que a recuperação observada até agora em 2017 seria temporária. O grande fator de mudança na pesquisa mais recente foi o Índice de emprego, que indicou o primeiro aumento no número de funcionários do setor industrial desde fevereiro de 2015.

Com a demanda se mostrando suficientemente forte, o poder de negociação de preços melhorou em outubro. As empresas elevaram os preços cobrados pela taxa mais rápida em sete meses, em meio a tentativas de proteger as margens de lucros na presença de aumentos nas cargas de custos.

Retomada local

O mercado interno foi a força principal por trás do crescimento, na medida em que a recuperação econômica brasileira proporciona um fluxo contínuo de novos negócios. “Contudo, houve sinais de fraqueza nos mercados estrangeiros, já que o volume de novas vendas para o exterior mostrou a primeira queda em seis meses”, afirma a economista.

Custos mais altos e maior inflação em sete meses

Em meio a relatos de preços mais altos pagos por energia, plásticos, papelão, metais e combustíveis, os custos médios de insumos enfrentados pelos produtores de mercadorias aumentaram em outubro. Apesar de ter sido mais lenta do que em setembro, a taxa de inflação permaneceu elevada para os padrões históricos. Ao mesmo tempo, os preços de fábrica foram aumentados ainda mais, com a inflação atingindo um pico de sete meses.

Nível de otimismo diminui

Embora o grau de sentimento do setor industrial tenha permanecido positivo, o nível de otimismo diminuiu em outubro. Projeções de vendas mais elevadas para exportação e melhores condições econômicas foram alguns dos fatores que sustentaram o otimismo, ao mesmo tempo em que preocupações com a demanda básica dificultaram a confiança. De um modo geral, o nível de expectativas de negócios atingiu um recorde de baixa de dezenove meses.

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