Os analistas de banco e corretoras esperam mais volatilidade na Bolsa de Valores em novembro, especialmente após um outubro estável, com variação de 0,02%. Porém, com um cenário político nebuloso, envolvendo as previsões para as eleições presidenciais em 2018 e as chances de aprovação da Reforma da Previdência, as apostas sobre o “rali de fim de ano” ainda são incertas.
Ao mesmo tempo, a previsão pela retomada da economia e da continuidade de queda da taxa básica de juros. É preciso destacar também que os investidores estrangeiros retiraram quase R$ 2 bilhões da Bolsa no mês passado, sendo a segunda maior saída mensal de investidores externos em 2017.
Diante disso, as recomendações de carteira de ações estão voltadas para empresas de atuação nacional, ficando o alerta em relação a ruídos de curto prazo e seletividade. “É hora de ser cada vez mais seletivo na escolha das ações”, afirma a Bradesco Corretora, em relatório assinado por José Cataldo, Ricardo França, Renato Chanes e Flavia Meireles.
O BTG Pactual preferiu indicar para novembro ações com maior exposição à atividade econômica, mesmo com as dúvidas sobre o cenário político. “A eleição de 2018 deve trazer mais volatilidade aos preços dos ativos, mas nós acreditamos que o ritmo da recuperação da economia é o que, principalmente, impulsionará os mercados nos próximos meses.”
Já a perspectiva da XP Investimentos, a mudança nas regras de aposentadorias, a privatização da Eletrobras, a liberação do PIS/Pasep e o ajuste fiscal serão questões importante para o Orçamento de 2018.
“Em paralelo, movimentações políticas em torno de candidaturas para as eleições de 2018 seguem mexendo com disputas intra e entre partidos. Assim investidores devem ficar atentos a esses temas, além de pesquisas eleitorais que cada vez mais impactarão o preço de ativos”, afirma a XP, em relatório assinado por Celson Plácido, Marco Saravalle, Bruna Pezzin e Gustavo Cruz.