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Vendas e lançamentos de imóveis em SP crescem em setembro e indicam retomada, diz Secovi

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As vendas de imóveis novos e os lançamentos aumentaram em setembro na cidade de São Paulo em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), reforçando o cenário de retomada gradual do setor. De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, em setembro foram vendidas 1.819 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. Esse resultado é 5,9% superior às 1.717 unidades no mesmo mês de 2016, mas 2,5% menor em relação às 1.865 unidades vendidas em agosto.

No acumulado de janeiro a setembro, foram vendidas 12.810 unidades, um aumento de 18,4% em comparação ao mesmo período de 2016, quando as vendas totalizaram 10.817 unidades.

Lançamentos aumentam 4% no mês e 10,1% no ano

No mês, foram lançadas 2.252 unidades residenciais novas na capital paulista, de acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). O total foi 42,6% superior aos lançamentos de agosto (1.579 unidades) e 4,0% acima do resultado de setembro de 2016 (2.165 unidades). O acumulado de janeiro a setembro foi de 11.467 unidades residenciais lançadas na capital paulista, 10,1% acima do resultado de igual período de 2016 (10.416 unidades).

Dois dormitórios são líderes de vendas

Imóveis de 2 dormitórios destacaram-se nas vendas (1.029 unidades) e nos lançamentos (1.485 unidades). Por área útil, imóveis na faixa de 45 m² e 65 m² lideraram em vendas (546 unidades), lançamentos (790 unidades) e na quantidade de unidades em oferta (6.616 unidades).

Estoque de imóveis cai 21,5% em setembro

A capital paulista encerrou setembro com a oferta de 19.169 unidades disponíveis para venda. Com isso, houve redução de 2,3% em relação a agosto (19.630 unidades) e de 21,5% em comparação a setembro de 2016 (24.426 unidades). Esta oferta é formada por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (outubro de 2014 a setembro de 2017).

Os dados apurados mostram que, apesar da retração no número de unidades vendidas sobre o mês anterior, o movimento monetário do VGV (Valor Global de Vendas) de setembro cresceu 21,9%, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação, referindo-se à diferença entre o VGV de R$ 1,186 bilhão do mês de setembro com o de R$ 973,1 milhões de agosto. Quando comparado ao resultado de setembro de 2016 (R$ 1,055 bilhão), o volume foi 12,4% superior – valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção).

De acordo com ele, o mercado voltou a oferecer produtos com variadas opções de preços e tipologias para atender públicos diversos. Nesse sentido, apresentaram bom desempenho as unidades de 3 e 4 dormitórios.

Primeiro trimestre de alta

O mês setembro encerra o terceiro trimestre do ano com alta em todos os indicadores da pesquisa, demonstrando que o setor tem respondido positivamente ao comportamento da macroeconomia, diz o Secovi-SP. A entidade destaca que o crescimento de 10,1% nos lançamentos e de 18,4% nas vendas no ano ainda se dá sobre uma base fraca, pois, em 2016, a pesquisa registrou os mais baixos índices históricos.

Tendência boa para o fim de ano

“Mas é importante considerar que fatores como a queda da inflação e da taxa Selic impactaram o mercado, possibilitando que mais famílias se tornassem aptas ao financiamento imobiliário”, diz Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP. Com o anúncio da Caixa de mais de R$ 8 bilhões para a concessão de crédito, a tendência é de aquecimento até o fim do ano, acredita

O quarto trimestre costuma ser o melhor do ano e, mesmo diante da incidência de feriados prolongados nos meses de outubro e novembro, a expectativa é de manutenção do ritmo de crescimento, permitindo encerrar 2017 com alta de 10%, tanto nos lançamentos como nas vendas, e de acordo com a previsão do início do ano.

 

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