De acordo com as estimativas do Banco Central, após dois anos seguidos de baixa, o credor deve voltar a crescer em 2018. A expectativa é que o crédito oferecido pelos bancos devem apresentar retração de 1% em 2017, e aumento de 3% em 2018. Em 2016, houve retração de 3,5% após o crescimento de 6,7%, em 2015.
O crédito recuou 1,4%, somando R$ 3,063 trilhões nos 11 meses desse ano. Em 2018, o crédito para as famílias pode aumentar 7%, enquanto para as companhias, a expectativa é de retração de 2%.
Para o crédito livre, o crescimento é de 4%, com aumento de 7% para as famílias e 1% para as empresas.O crédito direcionado, pode ter expansão de 1%, com crescimento de 7% para as pessoas físicas, e retração de 6% para as empresas.
Para Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, o saldo de crédito direcionado está sendo prejudicados pelas menores concessões de empréstimos do BNDES às empresas. Para ele, “No caso do crédito direcionado para pessoas jurídicas, não temos ainda indicações de recuperação nesse mercado”.
O chefe de Departamento conta que,“há evidências de que uma parte da redução do crédito para as empresas se deve à substituição do financiamento do sistema financeiro pelo mercado de capitais”. Segundo o Relatório de Inflação, informado nesta quinta-feita (21), o BC destacou que houve queda de 4,7% das concessões nos 10 primeiros meses deste ano, igual ao mesmo período de 2016, já as captações das empresas no mercado de capitais teve crescimento de 1,8%.
Rocha conta que as taxas do rotativo estão em baixa, desde a inserção da medida. O aumento do parcelado pode estar selada a uma mudança de rotativo para esse setor,“Reflete maior demanda por esse crédito parcelado por pessoas vindo do rotativo”, afirma.