Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Luciano Siani Pires, a Vale (VALE3) pretende reduzir sua dívida líquida para US$ 10 bilhões até 2019 e começar a pagar dividendos a partir do fluxo de caixa. No último trimestre, o endividamento líquido da empresa era de US$21 bilhões.
“A mensagem é muito clara aqui… Depois da conquista do objetivo de 10 bilhões de dólares, vamos distribuir todo [o fluxo de caixa] em dividendos”, disse Pires, ao participar do evento anual da empresa com investidores, o Vale Day, em Londres.
O desempenho financeiro da companhia tinha sido impactado pela queda nos preços do minério de ferro e pelos altos investimentos no desenvolvimento da sua mina S11D.
Segundo os executivos da Vale, o preço do minério de ferro de US$ 60,00 a US$ 70,00 por tonelada está bom para o setor, mas eles preveem um aumento de US$ 3,50 a US$ 4,50 no produto da empresa por causa do seu maior teor de ferro em comparação com o de outras empresas.
Além disso, o presidente-executivo Fabio Schvartsman afirmou que a Vale pretender fechar uma acordo de parceira para os investimentos na sua mina de níquel Nova Caledônia até o meio do ano que vem, no qual haverá a venda de 20% a 40% da mina.
Por outro lado, a diretora-executiva de Metais Básicos, Jennifer Maki, disse que uma recuperação total do mercado de níquel ainda vai demorar alguns anos.