A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) cortou o rating do Brasil de “BB” para “BB-“, justificando a demora na aprovação das reformas estruturais que causariam o equilíbrio fiscal e a aparente falta de vontade da classe política em promovê-las. A perspectiva da agência é “estável”, o que significa que provavelmente a nota não será alterada nos próximos meses.
Segundo a S&P, o Brasil fez “um progresso menor que o esperado em aprovar legislações significativas para corrigir a derrapagem das contas públicas e os níveis de endividamento crescentes”, apesar dos “avanços da administração Temer”.
A agência também afirmou que poderá continuar com os cortes caso haja “uma fraqueza inesperada no balanço de pagamentos que comprometa o acesso ao mercado ou gere uma alta acentuada na dívida externa”. Porém, a nota pode ser elevada se o próximo presidente conseguir continuar com as reformas estruturais ou o PIB cresça de forma compatível “com seus pares com nível similar de desenvolvimento”.
A S&P já havia cortado o grau de investimento brasileiro em 2015. Em maio de 2017, a agência colocou o país em observação negativa após o escândalo da JBS, mas em setembro retirou a observação, apesar de manter a perspectiva negativa.