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Adesões ao Tesouro Direto batem recorde em janeiro

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O número de adesões ao Tesouro Direto – programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet – bateu recorde em janeiro. Segundo informações divulgadas hoje (23) pelo Tesouro Nacional, 82.568 investidores se cadastraram no programa no mês passado.

O número de operações de até R$ 1 mil também atingiu o máximo histórico em janeiro. No último mês, ocorreram 119.076 aplicações nessa faixa de valor, representando 56,1% dos investimentos realizados. De acordo com o Tesouro Nacional, isso mostra maior acesso dos pequenos investidores ao programa.

O número de investidores ativos (que efetivamente possuem aplicações) alcançou 1.915.352. Somente nos últimos 12 meses, o total de investidores no Tesouro Direto acumula alta de 59,8%.

Apesar da atração cada vez maior de aplicadores, as vendas caíram em valores em janeiro. Elas somaram R$ 1,761 bilhão, com recuo de 28,8% em relação aos R$ 2,475 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado. O recorde mensal absoluto foi registrado em março de 2017, quando as vendas totalizaram R$ 2,648 bilhões.

Em janeiro, os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), que concentraram 41,2% das vendas. Os papéis corrigidos pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) representaram 33,4% do total. Os títulos prefixados, com juros definidos no momento da emissão, corresponderam a 25,4%.

Com o resultado de janeiro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 2,3% em relação a dezembro de 2017, alcançando R$ 46,7 bilhões. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.

Em janeiro, os resgates somaram R$ 707,2 milhões, relativos a recompras (quando o Tesouro recompra títulos em circulação). No mês passado, não houve vencimentos de títulos (quando o prazo do papel acaba e o Tesouro paga os investidores).

Aplicação

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

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