Em relatório, o BB Investimentos destacou a novidade trazida no 4T17 pela Usiminas (BOV:USIM5) sobre o tão esperado acordo entre a Nippon e a Ternium, suas acionistas controladoras, para encerrarem as disputas judiciais que se arrastam há quatro anos. Dessa forma, a corretora acredita que “a governança corporativa na empresa deva melhorar, beneficiada por processos de tomada de decisão mais eficientes e pela redução do risco outrora considerado o principal da companhia: a falta de estratégia devido à disputa entre controladores”.
Mesmo assim, a analista Gabriela Cortez relata que ainda é necessário ver como essa trégua entre as controladoras irá funcionar. Por isso, o BB deve esperar pelos resultados do primeiro trimestre de 2018 antes de revisar a sua indicação sobre a Usiminas. No momento, o preço-alvo é de R$ 13,00 para o ano, com recomenação outperform e potencial upside de 15%.
Além disso, Cortez afirma que a empresa também trouxe bons números no 4T17, com forte geração de caixa e melhora nas margens anuais. “A Usiminas reportou um aumento de 12,4% t/t nas receitas, influenciada por maiores volumes vendidos e maiores preços realizados no período”, diz o relatório. Na comparação anual, em 2017 as receitas somaram R$ 10,734 bilhões, um aumento de 27% em relação a 2016, enquanto o EBITDA chegou a R$ 2,186 bilhões.
O BB apenas ressalta que a demora na retomada da economia brasileira, a desaceleração da economia chinesa e a queda nos preços do minério de ferro podem trazer riscos a Usiminas e impactar os próximos resultados.
Coinvalores
A Coinvalores, em relatório assinado pelo analista Felipe Martins Silveira, segue a mesma linha de raciocínio do BB. “Vislumbramos que a companhia deve continuar entregando gradual melhora de resultados em 2018, pela contínua recuperação na demanda e redução nos níveis de ociosidade. Entretanto, tendo em vista a atual cotação de suas ações, por ora, recomendamos tão somente a manutenção de seus ativos em carteiras diversificadas”, escreve.
Hoje, a corretora indica o preço-alvo de R$ 12,80, um potencial de valorização de 13%.
O relatório também destaca que mesmo com o aumento nas vendas e a diluição dos custos fixos, a Usiminas ainda apresentou um prejuízo de R$ 74,9 milhões no trimestre, por causa da alta nas despesas financeiras e da realização de um impairment.