Nesta segunda-feira (5), a Fitch Ratings, agência de classificação de risco, informou que dados apontam melhora em algumas métricas para avaliar a nota de crédito do Brasil, mas que as reformas estruturais, ainda devem prejudicar as contas públicas, e que continuam sendo um desafio diante o cenário politico incerto.
De acordo com a agência, os dados do Banco Central do Brasil (BCB) mostraram em janeiro que o déficit em conta corrente de 2017 recuou para US$ 9,8 bilhões, ou 0,5% do PIB, adiantando 1,3% em 2016 para o menor nível desde 2007. Entretanto, a melhoria deve-se a uma maior superávit comercial e o déficit da conta corrente foram mais do que totalmente cobertos pelo investimento direto estrangeiro.”No final de janeiro, os dados do BCB mostraram que o déficit do setor público em 2017 diminuiu para 7,8% do PIB, ante um aumento de cerca de 9% no ano anterior. O déficit fiscal primário de 1,7% estava ligeiramente abaixo do objetivo revisado do governo”.
Ela conta que garantir a sustentabilidade das finanças públicas ainda depende da reforma estrutural. A falta de apoio demorou uma votação na reforma da segurança social na Câmara e no Congresso em dezembro. Mas para a agência, ainda não é certo que as autoridades aprove a reforma que está marcada para este mês.
“Consideramos a reforma da segurança social como uma condição importante para melhorar a flexibilidade das finanças públicas, embora outras reformas sejam necessárias para que o governo continue em conformidade com o limite de gastos no médio prazo”, disse a agéncia.
Ao finalizar, a Fitch destaca que o adiamento da votação chama atenção para o “desafio de construir concenso politico em apoio as reformas”, e que a incerteza política aumenta com a proximidade das eleições de 2018.