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Mercados derretendo: limite para a queda; risco para a atividade econômica

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Mercados Globais

Ontem o mercado acionário dos EUA derreteu, impondo uma perda de 4,1% ao índice S&P 500. Essa é uma das maiores quedas nominais da história e ocorreu por conta do receio dos investidores de uma alta de juros mais forte que o esperado. Essa queda, que continuou o movimento iniciado na semana passada, impulsionou fortes movimentos de venda ao redor do mundo. Os mercados da Ásia e da Europa sacolejaram forte, respondendo ao impulso que veio dos EUA.

Veja o gráfico do S&P:

O índice caiu quase 8% desde sua máxima de 2.880 pontos e zerou os ganhos do ano. Algumas ações tiveram destaque nesse movimento, mas a causa geral foi realmente a alta dos juros mais longos, dos títulos de dez anos. A volatilidade do mercado, medida pelo índice VIX, que tem um contrato negociado na bolsa de futuros de Chicago, subiu fortemente.  Por conta dos juros muito baixos a volatilidade do mercado estava muito baixa por muito tempo (veja a postagem de ontem).

Veja o comportamento da volatilidade nos EUA, medida pelo índice VIX:

Ela ficou no intervalo entre 10% e 15% por um bom tempo de passou a subir no início do mês. Ela explodiu ontem, saindo de 16% para 45%, sinalizando uma corrida dos agentes contra os riscos. Já os mercados de títulos públicos, que determinam os juros longos praticados nas economias, pararam de derreter, segurando os juros em patamares inferiores aos que estavam antes das quedas dos mercados acionários. Esse comportamento é importante, já que foi justamente a alta dos juros dos títulos de dez anos que disparou a corrida contra as ações. Se os juros param de subir, as quedas em outros mercados ficam contidas.

Ontem Jeremy Powell assumiu a presidência do Federal Reserve, o banco central dos EUA, e deve ter sido um enorme desafio ver os mercados derreterem com tanta intensidade. O gabinete de Donald Trump sinalizou preocupações em relação ao aparente caos. De fato, uma queda forte dos mercados pode contaminar a economia real por vários caminhos, reduzindo as decisões de gastos dos agentes, os empregos, os salários e as vendas. É muito provável que essa trajetória de realização encontre um limite nas políticas disponíveis aos BCs. Se houver riscos para a atividade econômica, os BCs irão relaxar a política monetária e impedir o derretimento dos mercados. Por conta dessa percepção, de que há um limite para a queda, os agentes devem aproveitar esse movimento para comprar os ativos que mais se desvalorizarem. A abertura da bolsa brasileira sinaliza exatamente isso. Após ensaiar uma queda forte, o IBOVESPA se recupera, tanto quanto o real.

Brasil

Na agenda local, os agentes continuarão a se atentar aos resultados trimestrais. O Itaú é um dos destaques do dia e registra alta de 2% após divulgar um lucro líquido de R$ 6.280 bilhões (em linha com a expectativa de R$ 6.220,5 bilhões). Já na agenda econômica, o IGP-DI apresentou um recuo em janeiro. A variação no mês foi de 0,58%, enquanto a do mês anterior foi de 0,74%. O avanço do grupo alimentos (maior impacto no IPC) conteve o índice em um patamar mais alto, o impedindo de ter um maior recuo.

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