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Recursos de private banks crescem 16% em 2017; previdência aumenta 27,6% e multimercados, 51%

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O total de recursos aplicado por clientes de alta renda dos bancos, o chamado private banking, subiu 15,93% no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de capitais. O valor sob gestão atingiu R$ 964 bilhões pertencentes a 56.619 grupos econômicos, que também cresceram 4,7% no ano, afirma João Albino, presidente da Comissão de Private Banking da Anbima. O valor médio por grupo, que costuma reunir famílias inteiras, cresceu de R$ 15,4 milhões para R$ 17 milhões. O número de CPFs de clientes de alta renda também cresceu, 4,8%, atingindo 117.421 clientes.

Previdência já é 10% das carteiras dos privates; renda fixa cai

Na carteira geral, Albino destaca o crescimento da participação da previdência privada, de 9,1% para 10% dos investimentos totais, e a queda da renda fixa, de 33,8% para 28% da carteira geral, não só pelo juro mais baixo da economia, mas porque os bancos, com a procura por crédito ainda fraca, não estão se esforçando muito para emitir papéis. Ao mesmo tempo, houve aumento da parcela de renda variável, de 12,6% para 15,1% do total.

Aumento de 27,6% do saldo de previdência, 117% em fundo de ações e 24% em multimercados

A previdência privada ganhou espaço, passando de R$ 75 bilhões para R$ 96 bilhões no ano, um aumento de 27,6%, ou R$ 21 bilhões de crescimento. Os fundos de ações também se destacaram, com aumento de 117,1%, e os multimercados aumentaram 24,4%. A parcela de renda variável em geral aumentou 38,8%.

Ganho fiscal aumenta atrativo da previdência

No caso da previdência, Albino explica o maior interesse dos private porque a oferta de produtos aumentou e a performance melhorou. “Alguns já estão par a par com multimercados”, diz. E há o forte apelo fiscal e tributário. Pela tributação regressiva, após 10 anos, o investidor paga imposto de 10% sobre os ganhos, ante 15% na renda fixa normal. “Além disso, não há pagamento de come-cotas, o imposto antecipado a cada seis meses que há em outros fundos, o que em um período de 10 anos tem impacto colossal e o ganho acaba ficando imbatível”, diz.  Albino lembra que a previdência era 2% da carteira dos privates há alguns anos, está em 10% e deve chegar a 14% em breve.

Operações compromissadas em baixa derrubam renda fixa

Já as operações compromissadas, nas quais o banco vende um título seu ou do governo para o cliente com garantia de recompra sem prazo definido, caíram acentuadamente e reduziram a parcela de ativos com captação bancária, de 25,7% da carteir total de renda fixa para 20,3%. Uma queda de 24% no ano. “Com as restrições divulgadas pelo Banco Central em 2016, as compromissadas devem desaparecer”, afirma Albino.  O dinheiro que saiu das compromissadas, explica, foi especialmente para previdência privada e multimercados.

Fundos aumentam participação nas carteiras

As aplicações em fundos em geral subiram de 44,2% da carteira para 46,3%. Houve uma mudança no perfil dos fundos, com queda dos renda fixa, de 26,% do total de fundos para 24,9% e aumento dos fundos de ações, de 5% para 8,9% da carteira. Os multimercados também aumentaram sua fatia na carteira dos privates, de 57% para 58,3%. E os fundos estruturados caíram de 11,4% para 7,8%. “No caso dos fundos estruturados, houve um ajuste do valor dos Fundos de Investimento em Participações (FIP, os private equities, que investem em empresas fechadas, fora da bolsa) e isso levou a uma queda do patrimônio”, explica Albino. “Mas até pela queda dos juros e pela canalização de investimentos para empreendimentos, esses FIPs devem voltar a crescer”.

Sul ganha destaque

Sobre as regiões onde a gestão de fortunas mais cresceu, Albino destaca o Sul, que passou de R$ 105,9 bilhões em 2016 para R$ 131,5 bilhões em 2017.

Crédito também cresce

Ele espera que o volume de crédito concedido no private, que subiu 11,8% em 2017, também volte a crescer este ano, à medida que a economia cresça e crie oportunidades para investir.  A maioria, 51,3% dos empréstimos, foi para o agronegócio. “Em vez de sacar uma aplicação, pode ser melhor tomar um crédito, via fiança ou um empréstimo imobiliário”, explica Albino.

O número de profissionais certificados com CFP também aumentou, atingindo 705 consultores. Eles representam agora 84,3% do total de profissionais dos private banks, ante 80,3% no ano anterior.

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