Mercados Globais
Os mercados começam a semana em um ritmo cauteloso, seguindo em queda diante de um Federal Reserve possivelmente mais agressivo. O receio com a alta do Fed Funds nesta semana se soma com os sinais de que o Banco Central americano sinalize ainda mais três altas em 2018.
As principais bolsas do mundo registram uma queda, e acompanham diversos potenciais catalisadores de queda: Guerra comercial, taxa de juros americana, escândalo japonês e baixa popularidade do primeiro ministro, Brexit, tensões entre Reino Unido e Rússia, G-20 e instabilidade no governo italiano.
Nos EUA, os índices futuros sinalizam uma abertura com queda de 0,5%. Mercados asiáticos fecharam em queda, com exceção de Xangai e Hong Kong. Tóquio fechou em queda de 0,9%. Na Europa, os mercados também deslizam, com destaque negativo para os setores de tecnologia e mineração. O minério de ferro continua a cair (chegando a quedas de 4% na China) em meio a demanda mais fraca diante da incerteza com o futuro do aço.
O evento chave desta semana será a reunião de política monetária do Fed, que ocorrerá na quarta-feira. O mercado acredita em uma alta para 1,75% e enquanto as expectativas são de três altas da taxa de juros, algumas casas de investimento já começam a atualizar suas projeções para quatro altas. Hoje, sem muitos indicadores relevantes no cenário global, os mercados devem olhar para o G-20, que reunirá 22 ministros de finanças, 17 presidentes de bancos centrais e dez titulares de organismos internacionais.
Brasil
O mercado interno segue cauteloso, em linha com o exterior. O receio com a política monetária aqui não é diferente, e a bolsa se aproxima dos 84.000 pontos em um dia de alta no dólar e leve queda nos juros futuros. O DI com vencimento em 2021 fica estável em 8,21%, ao cenário externo, se soma a divulgação do índice de atividade econômica do banco central, que apresentou uma queda de 0,56% ante alta de 1,16% (revisado de 1,41%).
A queda está próxima daquilo que o mercado havia estimado, e hipótese de retomada gradual da atividade econômica permanece consistente com dados econômicos (veja o gráfico abaixo). Ainda no cenário interno desta semana, o evento chave será a reunião do Copom, que deve anunciar um corte da taxa Selic para 6,5%.