Mercados Globais
O grande evento do dia será o relatório de emprego — payroll — nos Estados Unidos. Enquanto os dados macroeconômicos dos EUA têm se mostrado sólidos, o principal indicador a ser acompanhado pelo mercado, na verdade, será o rendimento médio por hora trabalhada. Lembrando que a taxa de desemprego se encontra em 4,0%, e os dirigentes do Federal Reserve sugerem que a economia americana está próxima do pleno emprego.
Os números do payroll têm sido sólidos, crescendo cerca de 176.000 por mês, nos últimos 12 meses. A expectativa do mercado é de uma alta de 205.000, após ter tido uma alta de 200.000 em fevereiro.
O rendimento médio por hora trabalhada registrou uma alta de 0,3% na última divulgação, e enquanto a expectativa é de um crescimento de 0,2%, uma alta maior que 0,3% pode implicar em uma abordagem mais “agressiva” para os fed funds e bearish para os índices acionários de Wall Street.
Depois da divulgação dos indicadores de inflação da China e sentindo ainda os efeitos do anuncio de Trump em impor as tarifas sobre a importação de aço, os preços de commodities na China sofreram uma forte queda nesta sexta-feira.
A incerteza do mercado de aço chinês reduziu fortemente a demanda por minério de ferro nos portos da China, reduzindo o preço desta matéria prima (com 62% de teor de ferro) demasiadamente rápido, abaixo dos US$ 70 a tonelada seca. Veja no gráfico abaixo, a forte sequência de quedas no preço do minério de ferro, que foi iniciada pelo anuncio de tarifas:
Brasil
O Brasil segue em clima de cautela com o payroll, assim como os mercados externos. O dólar tem uma leve queda e os juros futuros seguem em alta.
O IBGE divulgou o índice de preços ao consumidor amplo, que registrou uma alta de 0,32% em fevereiro, encerrando o acumulado em 12 meses com 2,84% de alta. O grupo Educação teve o maior impacto, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo. Veja na tabela abaixo, elaborada pelo IBGE, as variações e impactos por grupo: