A bolsa de valores B3 (BOV:BVMF3) fechou o quarto trimestre do ano passado com um lucro recorrente, sem eventos especiais, de R$ 638,8 milhões, 5,6% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Com isso, no ano, o lucro acumulado ficou em R$ 2,084 milhões, 12,6% inferior ao de 2016.
A receita líquida da bolsa subiu 7,9% no quarto trimestre, para R$ 1,034 bilhões, o que resultou em um crescimento de 11,1% no ano, para R$ 4,006 bilhões. As despesas subiram 34,3% no último trimestre sobre o mesmo período do ano passado e 51,7% no ano, com o efeito da fusão com a Cetip. Sem a operação, a despesa teria caído 8,3% no quarto trimestre. Com isso, o resultado operacional da bolsa caiu 14,5% no trimestre e 26% no ano.
A margem operacional da bolsa caiu no trimestre de 54,2% para 43,0% e de 52,3% para 34,9% no ano. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida ou Ebitda) subiu 12,2% no trimestre, para R$ 672,9 bilhões, e 10,3% no ano, para R$ 2,658 bilhões. A margem Ebitda cresceu 2,85 pontos percentuais, para 66,6% no trimestre, e 0,56 ponto no ano, para 67,7%.
O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, destacou que 2017 foi um dos mais importantes da história da bolsa, com a fusão com a Cetip e a união de suas infraestruturas e a segunda fase da nova clearing (central de liquidação) de ativos que uniu as operações de ações e derivativos. Ele acrescentou que espera um aumento da atividade da bolsa com a queda dos juros e a retomada da economia, que deve levar a um aumento tanto do mercado primário, de emissões de papéis de empresas, como secundário, de ações.
Já o vice-presidente financeiro, corporativo e de relações com investidores, Daniel Sonder, disse que as sinergias de R$ 100 milhões com a fusão com a Cetip vão ser totalmente capturadas em 2018.