Durante os quatro últimos anos, os resultados da Petrobras (BOV:PETR4) sofreram as influências da Operação Lava-Jato — o que fez a empresa reportar prejuízo líquido por quatro anos consecutivos. Ao contrário do que sugerem os R$ 5,4 bilhões de prejuízo, os resultados decepcionantes do quarto trimestre de 2017 mostram uma ligeira melhora no resultado operacional da estatal.
A produção da companhia permaneceu praticamente estável quando comparado ao ano de 2016; com a entrada em operação de uma plataforma sendo compensada pela alienação de ativos no exterior. Com relação ao faturamento, a corretora Coinvalores destaca o maior volume e margens de exportação, além do desempenho do setor de gás e energia.
Os analistas destacam uma série de impactos pontuais, como o pagamento do acordo judicial nos Estados Unidos, no montante de R$ 11,2 bilhões e a adesão aos Refis (no valor de R$ 10,4 bilhões).
Com isso, a corretora optou por reiterar a recomendação de compra para os ativos da Petrobras, com preço-alvo em revisão. Sandra Peres, analista responsável pela elaboração do relatório, acredita que “a conclusão do acordo judicial nos EUA, apesar do impacto financeiro neste trimestre, é positiva por reduzir o nível de incerteza”. Durante o ano de 2018, a empresa deve entregar resultados melhores gradualmente, além de intensificar o seu plano de desinvestimentos.