O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse hoje (18) que apesar de a inflação ter ficado abaixo da meta em 2017, a instituição continuará focando também no médio prazo. “Nós precisamos equilibrar os estímulos que demos à economia no curto prazo com o fato de que nós precisamos ficar atentos para manter a inflação baixa por mais tempo”, disse.
Em palestra nos Encontros de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, Goldfajn apresentou um panorama histórico do controle da inflação no Brasil desde 1999, quando foi estabelecido o sistema de metas de inflação, que, segundo ele, é um “exemplo de sucesso em termos de regime de metas inflacionárias”. Segundo ele, mesmo tendo havido vários momentos de estresse na economia com a inflação subindo, ao fim ela voltou para a meta.
O presidente do Banco Central também defendeu a estratégia de, ao invés de aumentar a meta de inflação, estabelecer uma comunicação com os agentes econômicos mais eficiente, para que as expectativas inflacionárias estejam dentro da meta, o que consequentemente contribui para que a instituição a atinja.
Ilan Goldfajn também falou sobre a interação entre política fiscal e política monetária. “Quanto melhor a política fiscal, melhor a política monetária trabalha”, defendeu, ressaltando, no entanto, de que isso não quer dizer que a política monetária deve ser constrangida pela política fiscal, na maioria dos casos.
O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, e o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, também participam das reuniões.
Guardia se reúne amanhã (19) com ministros de Finanças e, grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, assim como do G20 grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia).