Mercados globais
Diante do discurso amistoso do presidente da China, Xi Jinping, os mercados globais ensaiam uma forte alta nesta terça-feira (10). O presidente chinês disse que o governo pretende fazer uma série de mudanças, ampliando o livre comércio, tornando o mercado chinês mais acessível e amigável ao estrangeiro e praticando menores tarifas à veículos automobilísticos, bem como outros produtos importantes no comércio internacional.
Com a China dando um pé atrás na escalada da guerra comercial, os principais índices acionários iniciam um rali. Foi o que houve com o índice Xangai, reagindo ao discurso:
Os mercados asiáticos fecharam em alta, enquanto os mercados europeus seguem no mesmo tom. De forma racional, o índice futuro do S&P sinaliza uma abertura de alta (+1,13%). O mercado de commodities reagiu de forma bastante positiva, com alta do minério de ferro assim como os metais básicos.
O petróleo WTI retorna ao patamar de US$ 64,5, e ainda sofre uma pressão positiva no preço diante da tensão geopolítica na região da Síria. O dólar tem um dia de desvalorização: índice para o dólar cai 0,2% e cai 0,23% ante o euro. Embora a queda tenha sido desacelerada com a divulgação de indicadores positivos para a economia americana.
Na agenda de indicadores econômicos, o índice de preços ao produtor nos Estados Unidos veio em 0,3%, acima da estimativa de 0,1%. O dado sugere que a inflação tem tido reações positivas, com o núcleo do índice registrando alta também de 0,3% e renovando máxima de sete anos na taxa acumulada, em 2,7%. Veja abaixo:
Brasil
O Ibovespa se alinhou ao exterior, após a forte queda na segunda-feira (09). Com a insistência do mercado em avaliar o cenário político local em detrimento do principal driver de alta nos mercados globais, os investidores seguem cautelosos diante da incerteza eleitoral.
A alta nos juros futuros exprime esta cautela, mesmo com um IPCA bastante tímido. O IBGE divulgou o índice de preços ao consumidor amplo, que apresentou alta de apenas 0,09% ante alta de 0,32% (estimativa de 0,12%). A pequena variação no índice dá suporte ao Banco Central para que um novo corte da taxa básica seja realizado, assim como já sinalizado.