No trimestre encerrado em abril, a taxa de desocupação no Brasil foi de 12,9%, 0,7 (p.p) inferior à observada no trimestre encerrado em abril de 2017, mas acima dos 12,2% do trimestre anterior, informou hoje o IBGE.
O país tem hoje 13,4 milhões de pessoas procurando vagas. Apesar do aumento no curto prazo, a queda do desemprego sobre o ano anterior foi mais forte que a de 0,6 (p.p) observada na comparação dos trimestres encerrados em março, destaca a consultoria Rosenberg Associados.
O aprofundamento da queda da taxa de desocupação, acompanhado por fortes taxas de expansão da população ocupada e retração da desocupada, são bons sinais para a atividade econômica, que tende a ser retroalimentada por ela, diz a consultoria em relatório.
Tempo de retomada, mas greve pode atrapalhar
Para a Rosenberg, começa, agora, a temporada de sazonalidade favorável para o emprego, com a taxa de desemprego começando a cair na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. O impacto da greve dos caminhoneiros sobre a atividade e o emprego, todavia, ainda é de difícil mensuração, mas não é demais supor que poderá interromper, ainda que pontualmente, a trajetória de recuperação que vinha sendo registrada pelo mercado de trabalho.
“Ainda esperamos melhora adicional na taxa de desocupação nos próximos meses, na série dessazonalizada, seguindo a tendência observada a partir do segundo trimestre de 2017 – porém, a estabilidade registrada no primeiro trimestre pode se estender ao segundo, por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros”, diz a consultoria. Considerando a média do ano, a Rosenberg ainda espera queda de 1 ponto percentual do desemprego em 2018 contra 2017.
Mais emprego sem inflação e com carteira assinada
“De maneira geral, segue a recuperação do mercado de trabalho, porém um pouco mais lento que o inicialmente imaginado e sem pressões à vista sobre a inflação“, destaca a consultoria. A qualidade do emprego em 2018 deve ser superior à de 2017, com progressiva melhora do emprego formal.