Nesta terça-feira (22), o Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial da Gradual Corretora de Câmbio, com sede em São Paulo. Em nota publicada em seu site, o Banco Central afirma que a liquidação ocorreu em função da existência de graves violações às normas legais e regulamentares, além da situação econômico-financeira comprometida e a existência de prejuízos que sujeitam riscos anormais aos seus credores.
De acordo com o BC, a Gradual não possui nenhum tipo de vínculo com qualquer conglomerado bancário. “A Gradual CCTVM tem baixa relevância no Sistema Financeiro Nacional, representando apenas 0,003% do ativo total e 0,07% dos recursos administrados de terceiros. Foi responsável por 0,04% do movimento total de câmbio realizado no 4o trimestre de 2017.”
Ainda no comunicado, o BC afirma que “em observância às suas competências legais, o Banco Central está adotando as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades pelos fatos que resultaram na liquidação. Nos termos da lei, os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição ficam indisponíveis.”
Encerrando as atividades na bolsa…
Em maio, a Corretora já havia alertado aos seus clientes que estava encerrando suas atividades na bolsa. Fernanda Lima, e o marido, Gabriel de Freitas Júnior, donos da Gradual, são investigados por suspeita de fraude em debêntures — alvo da Operação Encilhamento, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Segundo o jornal Valor, a operação investiga supostos casos de fraudes envolvendo a aplicação de recursos de instituições de previdência municipais em fundos de investimentos que tinham debêntures sem lastro em carteira.