Nem Freddy Krueger, nem Jason, nem zumbis, vampiros, lobisomens ou palhaços assassinos. O que assusta mesmo o investidor é o extrato do mês com um prejuízo nas aplicações. E, em junho, muita gente vai ver a continuação desse pesadelo, já que não só as ações como os títulos públicos e vários fundos multimercados e alguns de renda fixa e até de previdência tiveram perdas pela piora das condições no Brasil e no exterior pelo segundo mês seguido.
Mas, antes de entrar em pânico, sair correndo, gritando e vendendo tudo que está no vermelho, é bom entender o que está acontecendo. Muitas perdas, como as de títulos públicos, ou mesmo de ações, não representam nada para quem investiu em um horizonte de vários anos. Nos papéis do governo, por exemplo, que mostram perdas de até 8,6% em 30 dias, caso dos títulos mais longos, as NTN-Bs com vencimento em 2045, corrigidas pela inflação, o investidor receberá exatamente o que acertou na aplicação, com a proteção do IPCA e os juros do período. E vender o papel agora seria perder esse rendimento.