Investing.com – Com a notícia de uma operação da Polícia Civil do Paraná que prendeu gerentes e assessores comerciais das distribuidoras de combustíveis BR, Ipiranga e Raízen, por suspeita de formarem uma quadrilha para controlar o preço final dos combustíveis nas bombas dos postos de gasolina, as ações das companhias operam em forte queda na B3.
Os papéis da Ultrapar (UGPA3) perdem 4,14% a R$ 42,39, com os da Cosan (CSAN3) recuando 3,37% a R$37,85. No caso da BR Distribuidora (BRDT3), a desvalorização é de 4,59% R$ 19,75.
Foram expedidos pela Justiça 8 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, tendo entre os alvos as sedes administrativas das distribuidoras suspeitas de envolvimento na capital paranaense, acrescentou a polícia.
“A suspeita é que estas distribuidoras controlam de forma indevida e criminosa o preço final dos combustíveis nas bombas dos postos de gasolina com bandeira das distribuidoras restringindo assim o mercado e prejudicando a livre concorrência”, disse a Polícia Civil em nota oficial.
De acordo com os investigadores, representantes das distribuidoras vendiam o litro do combustível de acordo com o preço que seria praticado pelos donos dos postos de forma a controlar o preço nas bombas, impedindo a livre concorrência.
Procurada, a BR, da Petrobras (PETR4), disse em nota que pauta sua atuação pelas “melhores práticas comerciais, concorrenciais, a ética e o respeito ao consumidor”, e exige o mesmo comportamento de seus parceiros e força de trabalho.
A Ipiranga, do grupo Ultrapar, e a Raízen, uma joint venture entre Cosan e Shell, não responderam de imediato a pedidos de comentários.
Os suspeitos responderão pelos crimes de abuso de poder econômico e organização criminosa, acrescentou a Polícia Civil.
Com Reuters.