Investing.com – Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 19 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Temores de guerra comercial retornam à linha de frente
Os temores de guerra comercial voltaram à tona depois que a China disse que comentários feitos por um alto funcionário da Casa Branca culpando o presidente chinês Xi Jinping por bloquear o progresso em um acordo para evitar uma guerra comercial foram acusações “chocantes” e “falsas”.
Na quarta-feira, Larry Kudlow, que lidera o Conselho Econômico da Casa Branca, disse que acredita que as autoridades chinesas querem um acordo, incluindo o assessor econômico de Xi, Liu He, mas que Xi se recusou a fazer mudanças na transferência de tecnologia e em outras políticas comerciais da China.
Questionada sobre os comentários de Kudlow, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse anteriormente: “Que a relevante autoridade dos Estados Unidos distorça inesperadamente os fatos e faça acusações falsas é algo chocante e além da imaginação.”
Os EUA e a China neste mês impuseram tarifas sobre US$ 34 bilhões em importações de cada um em uma disputa crescente que irritou os mercados financeiros.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou outras tarifas, a menos que Pequim concorde em mudar suas práticas de propriedade intelectual e os planos de subsídios industriais de alta tecnologia.
Ao mesmo tempo, a União Europeia está preparando uma lista de contramedidas para potenciais tarifas norte-americanas em carros europeus, disse a comissária de Comércio da União Europeia, Cecilia Malmstrom, acrescentando que espera que uma visita da União Europeia a Washington poderia ajudar a aliviar as tensões.
2. Mercado futuro dos EUA indica abertura em baixa.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa, já que investidores continuavam atentos às recentes disputas comerciais entre os EUA e vários de seus parceiros comerciais.
Às 06h30, o índice blue chip futuros do Dow recuava 38 pontos, ou menos de 0,1%. Os futuros do S&P 500 e os futuros do Nasdaq 100 também indicavam um início pessimista em seus respectivos pregões.
Já na Europa, a maior parte das bolsas do continente negociava em baixa, com diferentes setores majoritariamente em território negativo. Os recursos básicos caíam 1,5% e estavam entre os de pior desempenho nas negociações no meio da manhã.
Mais cedo, bolsas asiáticas fecharam em diferentes direções, com importantes mercados perdendo força após negociarem em alta. O Shanghai composite da China caiu 0,5%, marcando a quinta sessão consecutiva de quedas, enquanto o yuan afundou e chegou à mínima de um ano (USD/CNH).
O movimento de baixa provocou especulações de que os políticos chineses estão permitindo que sua moeda enfraqueça para compensar o impacto das tarifas comerciais dos EUA, tornando suas exportações mais competitivas.
3. A Microsoft está próxima na sequência de resultados do setor de tecnologia
Na sequência dos resultados da Netflix no início da semana, a Microsoft é o próximo grande nome do setor de tecnologia a divulgar resultados trimestrais após os mercados fecharem nesta quinta-feira.
Os analistas estão prevendo lucros por ação de US$ 1,08 com receita de US$ 29,21 bilhões. No trimestre do ano anterior, a empresa teve lucros de US$ 0,98 por ação com receita de US$ 24,7 bilhões.
A Microsoft superou as estimativas de lucros em cada um dos últimos 8 trimestres.
As ações subiram cerca de 22% no acumulado do ano, permanecendo um pouco abaixo de seu recorde histórico de US$ 106,50 em 17 de julho.
Além disso, é esperado nesta manhã o balanço da Travelers, constituinte do Dow. Philip Morris, Blackstone, Domino’s Pizza, Bank of New York Mellon, Fifth Third Bancorp, Danaher, Union Pacific e Nucor também estão em pauta.
Após o fechamento, resultados de Capital One, E-Trade, Skechers e Intuitive Surgical estarão em destaque.
Investidores também se concentrarão nas ações da IBM depois que a empresa superou as expectativas feitas por analistas de lucros do segundo trimestre após o fechamento da quarta-feira.
4. Dólar sobe à máxima de1 ano com apostas de aumento de juros do Fed
Longe de ações, o dólar norte-americano estendia seu rali e chegava à máxima de um ano após comentários agressivos feitos pelo presidente do Federal Reserve, que sublinhou as expectativas de dois aumentos adicionais da taxa pelo banco central este ano.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, tinha alta de 0,4% e chegava a 95,26, seu maior nível desde 14 de julho de 2017.
A demanda pelo dólar continuava a se sustentar depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, fez uma avaliação otimista da economia dos EUA durante o depoimento ao Congresso na terça e quarta-feira, além de ter minimizado o impacto da incerteza sobre a política comercial dos EUA sobre as perspectivas de aumentos adicionais.
Enquanto isso, no mercado de títulos, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA estavam mais baixos, o que faz com que os rendimentos subam; o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos avançava para 2,89%, ao passo que o rendimento do título com vencimento em 2 anos, sensível ao Fed, se aproximava de 2,63%.
Com relação a dados, o calendário econômico traz aos investidores o relatório semanal sobre os pedidos iniciais de seguro-desemprego e a leitura de julho da atividade industrial do Fed de Filadélfia, ambos às 09h30.
5. Cobre e Ouro em baixa com operação de vendas de metais Como Metais Vendem
As cotações do cobre e do ouro caíam para seus níveis mais baixos em cerca de um ano em meio a temores de que uma escalada na disputa comercial entre Washington e Pequim possa afetar a demanda por metais, particularmente se o crescimento chinês for afetado.
Os contratos futuros de cobre caíam quase 3%, e eram negociados a US$ 2,679 por libra, nível não visto desde 14 de julho de 2017.
Níquel, zinco e chumbo também passavam por fortes vendas.
Enquanto isso, entre metais preciosos, o ouro recuava cerca de 1% para US$ 1.217,30 a onça, atingindo o mais fraco em cerca de um ano em seu quinto declínio consecutivo.
Prata, platina e paládio também estavam em baixa pelo menos 1%.
Os preços dos metais também foram atingidos pelo dólar mais forte, o que torna as commodities cotadas na moeda norte-americana mais caras para os compradores estrangeiros.