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Pré Market
A última semana de agosto começa envolta da expectativa quanto à aparição do ex-presidente Lula na tela da TV, falando como candidato do PT durante a propaganda eleitoral. A campanha gratuita em cadeia nacional de rádio e televisão tem início no dia 31 e o rito do processo sobre a impugnação da candidatura do líder nas pesquisas de intenção de voto na Justiça Eleitoral é a principal incerteza no curto prazo.
Apesar da guerra comercial e da tensão geopolítica promovida pela Casa Branca, o investidor está mais atento ao risco local do que ao cenário externo. O temor de que a esquerda continue ganhando espaço na corrida presidencial em outubro é crescente, o que tem mantido o dólar no segundo maior valor do Plano Real – atrás apenas da máxima histórica de R$ 4,16.
Tal valor reflete o receio do mercado financeiro com o futuro político e fiscal do país, enquanto o eleitor mantém a preferência por um governo populista pela quinta eleição consecutiva, sem parecer se preocupar com o corte de gastos e as reformas. E, por ora, não há nenhum indício de que haverá mudança nessa percepção. Ao contrário.
O julgamento no TSE sobre o registro da candidatura de Lula, que foi alvo de 16 impugnações, só deve acontecer, em tese, após o início do horário político nos meios de comunicação de massa. A defesa do ex-presidente tem até a véspera, dia 30, para rebater os pedidos apresentados para barrar a candidatura, com base na Lei da Ficha Limpa.
Passado esse prazo, abre-se a possibilidade de as partes envolvidas apresentarem alegações finais ou mesmo para as considerações do Ministério Público Eleitoral. Não se trata de uma etapa obrigatória, mas a tendência é de que o TSE cumpra o rito a risca, de modo a não permitir questionamentos posteriores.
Com isso, o registro da candidatura de Lula só deve ser julgado pelo plenário do TSE no início do mês que vem, o que pode garantir a presença do ex-presidente na TV em ao menos duas inserções. A campanha no rádio e na TV dos candidatos a presidente começa neste sábado, dia 1º de setembro, alternando-se com os que tentam os governos dos Estados.
Por: Olívia Bulla
Destaques corporativos
Recomendação de ativos
Cyrela (CYRE3): A equipe do Itaú BBA optou por remover o papel da Cyrela da lista “Brazil Buy List”. Segundo os analistas, o papel vem acumulando queda de mais de 10% desde dezembro. Em substituição, os analistas deram entrada ao papel da Randon (RAPT4), citando a melhora na demanda por caminhões e resultados fortes durante o segundo trimestre.
Hypera (HYPE3): Os analistas da Safra Corretora atualizaram o preço-alvo da Hypera para R$ 35,6 no fim de 2018 e R$ 33,8 no fim de 2019. A recomendação neutral foi mantida.
Banco do Brasil (BBAS3): A XP Investimentos iniciou a cobertura do Banco do Brasil com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 41.
Notícias
Relatório focus: Os economistas as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) para a elaboração do Boletim Focus desta segunda-feira, elevaram a estimativa da inflação, passando de 4,15% para 4,17%. Para o PIB, os economistas baixaram a previsão de crescimento de 1,49% para 1,47%.
Dólar: Após encerrar a semana anterior com alta acumulada de 4,86%, a moeda norte americana iniciou a segunda-feira em queda. Às 09h29 o dólar caía 0,49% a R$ 4,0830 para compra e R$ 4,0841 para venda. O dólar turismo batia os R$ 3,9200 para compra e R$ 4,2500 para venda. A disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Minério de ferro: Os contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de Dalian, na China, encerraram a sessão desta segunda-feira com queda de 2,24% a 479,00 iuanes por tonelada do produto.