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Contas externas têm déficit de US$ 4,4 bi em julho, primeiro desde fevereiro; déficit de viagens cai 8,6%

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Em julho, as transações correntes, que incluem pagamentos e recebimentos de bens e serviços do exterior, foram deficitárias em US$ 4,4 bilhões após quatro meses de superávits, informou hoje o Banco Central (BC). Esse déficit superou o registrado em julho de 2017, US$ 3,4 bilhões, devido, principalmente, à redução do superávit comercial, das exportações e importações.

Outra causa do déficit foi o pagamento de juros de títulos públicos negociados no mercado doméstico, que contribui para déficits em conta corrente externa nos meses de janeiro e julho. Esse pagamento totalizou US$ 2,5 bilhões em julho de 2018, comparado a US$ 2,9 bilhões em julho de 2017.

O déficit em corrente acumulado em 12 meses atingiu US$ 15,0 bilhões, até julho, equivalente a 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB), um percentual relativamente baixo e que dá tranquilidade para o país no setor externo. O valor é muito inferior à entrada de investimentos diretos de longo prazo no país.

Já os gastos com viagens tiveram uma queda líquida de 8,6% em julho, reflexo da forte alta do dólar em maio e junho ainda. O aquecimento da economia, mesmo que mais lento que o esperado, tende a aumentar o déficit externo ao elevar as importações e reduzir as exportações, mas sem causar grandes preocupações, segundo analistas.

Recuperação econômica reduz superávit comercial e aumenta déficit externo

O saldo comercial, das exportações e importações, segundo o BC, foi positivo em US$ 3,9 bilhões em julho de 2018, US$ 2,2 bilhões abaixo do superávit do mês correspondente de 2017, um reflexo da retomada da atividade econômica, que aumenta o consumo e as importações e reduz as vendas ao exterior. Além disso, grandes negociações de plataformas de petróleo da Petrobras interferiram no resultado.

Em julho, o decréscimo do saldo comercial foi determinado pela expansão das importações de bens, 49,3%, em relação ao resultado de julho de 2017, impulsionado pelo registro de US$ 3,3 bilhões associados às importações de plataformas de petróleo no âmbito do Repetro.

O crescimento de 21,9% das exportações foi influenciado também pela venda de uma plataforma de petróleo, no valor de US$ 1,3 bilhão, ao amparo do Repetro. Nos sete primeiros meses de 2018 as exportações de bens expandiram 7,9% ante o mesmo período de 2017, atingindo US$ 136,2 bilhões, enquanto as importações de bens avançaram em ritmo superior, 23,0%, somando US$ 104,8 bilhões.

Viagens têm déficit 8,6% menor

Já o déficit da conta de serviços atingiu US$ 3,0 bilhões no mês, mesmo patamar de julho de 2017. Houve queda em relação ao ano passado de 8,6% nos gastos líquidos com viagens, de 8,2% em aluguel de equipamentos, e a elevação de 25,6% das despesas líquidas com transportes, em linha com a ampliação da corrente de comércio de bens.

Os gastos de brasileiros com viagens ao exterior caíram 7,82%, de US$ 1,879 bilhão para US$ 1,731 bilhão. No ano, porém, os gastos em 2018 ainda superam em 5,8% os de janeiro a julho do ano passado. As receitas de viagens, por sua vez, caíram 5,2%, de US$ 440 milhões para US$ 417 milhões em julho, mas cresceram 4,5% de janeiro a julho, de US$ 3,499 bilhões para US$ 3,657 bilhões.

No acumulado do ano, até julho, o déficit em serviços cresceu 5,7% relativamente ao mesmo período de 2017.

Despesas com juros e remessas foram menores

Na conta de renda primária, que considera pagamentos e rendimentos de juros e remessas de lucros, os gastos líquidos com juros somaram US$ 3,8 bilhões no mês, 16,5% inferiores ao observado em julho do ano anterior. Na mesma base de comparação, as receitas de juros cresceram 54,8% e somaram US$ 4 bilhões, afetadas diretamente pela elevação das taxas de juros internacionais.

Já as despesas de juros diminuíram 10%, pelo efeito da depreciação cambial sobre o montante, em moeda estrangeira, de juros de títulos negociados no mercado doméstico, pagos em reais. As despesas líquidas de lucros e dividendos totalizaram US$ 1,7 bilhão em julho de 2018, recuo de 16,0% ante mesmo mês do ano anterior.

Na comparação entre os sete primeiros meses de 2018 e 2017, o déficit de renda primária recuou 19,6%, destacando-se a expansão das receitas de juros (28,5%) e, principalmente, de lucros (115,5%). As despesas brutas de lucros permanecem em crescimento (10,5%).

Investimento direto estrangeiro  cai em julho, mas atinge 3,25% do PIB em 12 meses

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$ 3,9 bilhões em julho, acumulando US$ 64,2 bilhões nos últimos 12 meses. O resultado mensal foi ligeiramente inferior ao ocorrido em julho do ano anterior (US$ 4,1 bilhões). O ingresso líquido de IDP acumulado em 12 meses atingiu 3,25% do PIB, informou o BC. Com isso, o déficit externo do país está sendo coberto com recursos de longo prazo, dando mais tranquilidade para o governo.

Estrangeiros aplicaram US$ 8,2 bi em fundos, bolsa e títulos

Em julho de 2018, os ingressos líquidos de investimentos em ações, fundos de investimento e títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico somaram US$8,2 bilhões. Os ingressos líquidos em 12 meses somaram US$6,5 bilhões até julho.

País tinha US$ 379 bi em reservas internacionais em julho

O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 379,4 bilhões em julho de 2018, correspondendo a 396,9% da dívida externa de curto prazo residual (exceto operações intercompanhia e títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico).

No mês, as reservas foram impactadas pela variação por preço dos ativos em que estão aplicadas, o que contribuiu para reduzir o estoque em US$ 819 milhões, e pelas receitas de juros, que aumentaram o montante das reservas em US$ 592 milhões, informou o BC. O estoque de linhas com recompra permaneceu em US$2,9 bilhões em julho.

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