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Datafolha com Haddad baixo e Bolsonaro perdendo em 2º turno deve acalmar mercados

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A pesquisa do Datafolha divulgada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo pode acalmar os mercados, preocupados com a chance de vitória de um candidato contrário às reformas e ao ajuste fiscal ou com menor habilidade para implementá-las.

Os números mostram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, segue na liderança, com 39% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, do PSL, com 19%, Marina Silva, da Rede, com 8%, Geraldo Alckmin, do PSDB, com 6%, Ciro Gomes, do PDT, com 5% e Álvaro Dias, com 3%.

Nada muito diferente do que já mostraram outras pesquisas. A liderança de Lula se consolida mesmo com ele preso, tanto pela tradicional força do petista junto aos mais pobres e aos eleitores de esquerda, quanto pela exposição de seu nome na mídia dentro da estratégia do partido de recorrer a todas as instâncias da Justiça e de organismos internacionais para mostrá-lo como perseguido político. Mas o cenário mais provável ainda é que Lula não poderá concorrer por conta da Lei da Ficha Limpa.

Já no cenário sem Lula, a principal questão é a transferência de seus votos para o candidato a vice, Fernando Haddad. No levantamento do Datafolha, essa transferência não é grande, apenas 4% dizem que votariam no ex-prefeito de São Paulo.

Quando questionados sobre em quem votariam se Lula não for candidato, somente 17% dos eleitores do ex-petista citam Haddad, 10% Marina, 6% Ciro, 4% Alckmin e, por mais estranho que possa parecer, 4% optariam por Bolsonaro, o anti-Lula. Mas 51% afirmam que não sabem, o que representaria um número ainda alto, já que metade dos votos de Lula corresponderiam a 19,5% dos 39% de intenções de votos do petista.

No cenário sem Lula, Bolsonaro sobe para 22% das intenções de voto, seguido por Marina, com 16%, Ciro com 10% e Alckmin com 9%. Ciro e Alckmin estão tecnicamente empatados. Álvaro Dias, do Podemos, tem 4%, mesmo percentual de Haddad.

Segundo turno com Lula imbatível ou Bolsonaro perdendo

Já no cenário de um segundo turno, Lula ganha de todos os candidatos, mesmo Bolsonaro, com 52% dos votos, contra 32% do ex-militar, melhor pontuação entre os candidatos de oposição a Lula.

Sem Lula no segundo turno, a surpresa é que Bolsonaro perde dos demais candidatos, diferentemente do que mostraram até agora as pesquisas de outros institutos. Marina teria 45% dos votos, contra 34% de Bolsonaro. Alckmin teria 38%, contra 33% do candidato do PSL, e Ciro Gomes ganharia por 38% a 35%, perto de empate técnico. Já em um segundo turno entre Alckmin e Haddad, repetindo a disputa PT-PSDB, o tucano ganharia por 43% a 20%. Bolsonaro também venceria, mas por margem menor, 38% contra 29% do petista.

Os números mostram cenários diferentes das pesquisas de outros institutos, que mostravam Bolsonaro mais na frente no primeiro e no segundo turnos e Haddad recebendo mais votos de Lula. Mas, como destacam analistas políticos, ainda é muito cedo para a definição do cenário eleitoral.

A campanha na televisão e no rádio, que será acompanhada por mais de 60% dos eleitores, conforme pesquisa da CNT/MDA, só começa em 31 de agosto e um mês pode ser um prazo muito longo em um processo eleitoral. Na tevê, Alckmin e Haddad, se confirmado candidato, terão maior tempo de exposição e poderão ganhar espaço no eleitorado.

Para o investidor, a indefinição aumenta a instabilidade dos mercados e o risco, assim como as oportunidades. Quem não tem grande diversificação pode aproveitar os momentos de pânico para colocar um pouco das aplicações em renda variável ou multimercados ou renda fixa mais longa, sabendo do risco de perdas caso o pior cenário se confirme.

Já os mais conservadores devem ficar nas aplicações que seguem o juro diário e são mais líquidas, como fundos DI com taxas de administração mais baixas ou papéis do Tesouro Direto, o Tesouro Selic, ou títulos atrelados ao overnight privado, o CDI.

XP vê cenário inalterado

Para a XP Investimentos, em linhas gerais, as pesquisas de hoje e do Ibope na segunda-feira não trouxeram grandes novidades, com resultados muito parecidos aos da pesquisa da própria corretora. Na visão do time político da XP, tempo de televisão e financiamento são determinantes para o sucesso de uma campanha, mas isso deve ser refletido nas pesquisas somente às vésperas da eleição, e portanto a percepção de risco deve continuar elevada.

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