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Eletrobrás confirma leilão de distribuidoras na quinta-feira; papel sobe 2%

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O leilão de privatização dos ativos das distribuidoras da Eletrobras (BOV:ELET6) em Rondônia, Roraima e Acre está confirmado para a próxima quinta-feira e há três empresas interessadas: Equatorial, Energisa e Oliveira Energia, segundo informam jornais hoje.

Para a consultoria Levante, o impacto será positivo no preço das ações da Eletrobras no curto prazo. Os papéis lideraram as altas ontem do Índice Bovespa, com ganhos de mais de 6%, e estão subindo hoje novamente, 3% o papel ON e 2% o PNB.

A Levante lembra que as três empresas se habilitaram para participar do leilão, mas não há certeza que todas elas farão efetivamente propostas firmes pelos ativos. As propostas deverão ser entregues na próxima quinta-feira até as 15 horas na bolsa B3. A Equatorial parece estar interessada nos ativos no Acre e a Energisa pelos ativos em Rondônia. Os ativos serão vendidos pelo valor simbólico de 50 mil reais cada um, com a assunção de dívidas e o comprometimento em realizar investimentos necessários para melhorar o serviço prestado.

No leilão anterior, a disputa pela Cepisa surpreendeu negativamente o mercado quando apenas Equatorial fez oferta, pois a distribuidora do Piauí era considerada o melhor dos ativos colocados à venda pela Eletrobras. Para Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante, trata-se de um evento importante a ser monitorado que pode ser positivo para a Equatorial e para a Energisa, que tem experiência em fazer reestruturação de ativos problemáticos.

Já a Guide Investimentos esperamos que o leilão seja bem sucedido e que Eletrobras consiga se desfazer das distribuidoras. A expectativa é que Equatorial e Energisa disputem mais ativamente as distribuidoras Ceron e Eletroacre. Diferentemente do que aconteceu no último leilão, Equatorial tinha uma vantagem competitiva dada a proximidade das concessões da Cepisa.

Quanto à Boa Vista, o ativo é um pouco menos atraente visto as incertezas e elevados riscos com relação ao seu fornecimento de energia. Para as demais, a Ceal ainda depende da suspensão de uma liminar judicial e a Amazonas Energia, que depende ainda de aprovação no Senado, mas pode ser vendida ainda em 2018.

A corretora Guide destaca que o leilão corrobora o Plano Diretor de Negócios e Gestão da Eletrobras (PDNG 2018-2022), com foco na desalavancagem financeira da estatal (objetivo é atingir um nível abaixo de 3x Dívida líquida/lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, Ebitda) e tende a melhorar a eficiência do sistema integrado nacional da companhia. A estatal vem adotando medidas favoráveis para melhorar sua estrutura de capital, e, consequentemente, os resultados da companhia, lembra a corretora.

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