Pesquisa da corretora Genial em parceria com o instituto Brasilis entre os dias 25 e 26 de setembro mostra queda nas intenções de voto para presidente no candidato e atual líder, Jair Bolsonaro, do PSL, e crescimento do candidato do PT, Fernando Haddad, que passa a vencer no segundo turno.
A pesquisa ouviu mil eleitores por telefone em todas as regiões do país e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Os números mostram o impacto da estratégia dos demais candidatos de atacar Bolsonaro, especialmente Geraldo Alckmin, do PSDB, e do desgaste provocado pela proposta de recriar um imposto sobre movimentações financeiras.
A mobilização de grupos de mulheres nas redes sociais contra o candidato do PSL e acusações de que ele teria agredido a segunda mulher, Ana Cristina Valle – informação negada pela vítima, que hoje concorre com o nome do ex-marido a deputada federal no Rio pelo Podemos – também explicariam a perda de votos.
Os ataques de Alckmin a Bolsonaro e a ameaça de que ele acabaria ajudando a reeleger o PT parecem ter ajudado o tucano, que passou de 7% para 10%, mas dentro da margem de erro.
Bolsonaro perde 3 pontos, mas lidera com 27%; Haddad tem 22%
No cenário estimulado, que o entrevistado recebe uma lista de nomes de candidatos, Jair Bolsonaro permanece na liderança com 27% dos votos, oscilando 3 pontos para baixo em relação ao levantamento anterior. Fernando Haddad subiu de 17% para 22%. Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 7% para 10% e Ciro Gomes (PDT), de 7% para 8%. Marina Silva (Rede) oscilou de 6% para 5%.
Segundo turno tem Haddad com 44% e Bolsonaro com 36%
Na simulação de 2º turno mais provável, Haddad superaria Bolsonaro, por 44% a 36%. Na pesquisa da semana passada, havia empate técnico entre os candidatos, com vantagem numérica do candidato do PSL: 42% a 40%. Houve portanto uma queda de 6 pontos percentuais entre os dois levantamentos.
A pesquisa mostra que a polarização entre os candidatos do PT e do PSL permanece, diz Ribamar Rambourg, coordenador de Análise Política da Genial. A diferença entre os candidatos no primeiro turno diminuiu e a disputa ficou mais acirrada. Bolsonaro permanece na liderança e seu voto espontâneo atinge 24%, sendo desaconselhável apostar em uma trajetória de queda, avalia o analista. Já Fernando Haddad teve avanço considerável, tanto no primeiro turno quanto no segundo turno. Os demais candidatos permaneceram no mesmo patamar e não parecem capazes de superar os adversários.
Como na pesquisa anterior, os números mostram que o desempenho de Haddad é melhor entre as mulheres, eleitores com ensino fundamental e beneficiários do programa Bolsa-Família. Já Bolsonaro se destaca entre segmentos de escolaridade mais elevada e entre os homens.
A pesquisa questionou também os eleitores sobre os principais atributos dos candidatos. As respostas permitem descobrir as características que motivam ou justificam o voto em cada candidato. Bolsonaro é avaliado como pulso firme e aquele que mais combaterá a corrupção – sem dúvida, atributos importantes em um ambiente marcado pela Lava-Jato e pela crise na segurança pública, avalia Rambourg.
O candidato do PSL parece ter tomado o lugar antes ocupado pelo PSDB entre o eleitor de classe média e sensível ao tema da corrupção; na pesquisa, Geraldo Alckmin se sai melhor entre os eleitores com escolaridade mais baixa, por exemplo. Fernando Haddad se destaca como o candidato que mais entende os problemas dos pobres e que vai fazer as pessoas comprarem e consumirem mais.
Por isso o candidato do PT se sai melhor entre os segmentos menos favorecidos. Há intersecção importante entre as características atribuídas a Haddad e aquelas atribuídas a Ciro Gomes e a Marina Silva, o que corrobora a visão de que os eleitores de ambos têm perfil semelhante, avalia o analista.
Nao é a voz das ruas, Bolsonariano sempre bolsonariano, nao cai so sobe. E não existe essa de perder 2 turno, eleitores liberais sempre com liberais e somos a maioria. Esquerda do voto da consciência aprisionada é 30% não mais o resto é pura manipulação de dados.