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Estrangeiros tiram R$ 3,099 bi da Bovespa em novembro até dia 29; saída no ano é de R$ 9 bi

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Os investidores estrangeiros retiraram R$ 3,099 bilhões da bolsa brasileira no mês de novembro até dia 29, segundo dados da B3. O saldo reflete as compras e vendas de investidores externos e representa o segundo mês seguido de saída de estrangeiros, apesar de o Índice Bovespa ter fechado em alta, de 2,4% em novembro. Em outubro, já tinham saído da Bovespa R$ 6,2 bilhões de estrangeiros. Com isso, o saldo negativo acumulado no ano está em R$ 9,009 bilhões, ante uma entrada líquida de R$ 14,6 bilhões no ano passado. Mesmo com a saída dos estrangeiros, o índice acumula alta de 17,1% no ano.

A saída dos estrangeiros em novembro refletiu a piora dos mercados internacionais, por conta do aumento do conflito entre Estados Unidos e China, que só melhorou no fim de semana passado, com um acordo parcial de 90 dias. Além disso, em novembro, declarações de representantes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) deram indicações de que os juros poderiam subir mais que o previsto, mesmo com projeções de analistas de que a economia americana deve desacelerar no ano que vem e pode entrar em recessão nos próximos anos.

No Brasil, a frustração com a não aprovação de reformas e os sinais de que a reforma da Previdência terá de recomeçar do zero no ano que vem, em meio a indicações contraditórias do presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre a abrangência da reforma que irá propor, acabaram por limitar o entusiasmo dos investidores pela bolsa.

Mesmo assim, o volume negociado na Bovespa seguiu elevado, em R$ 15,144 bilhões por dia, 10,6% abaixo dos R$ 16,947 bilhões de outubro, mas bem acima da média do ano, de R$ 12,105 bilhões. Em relação ao ano passado, o volume médio deste ano está 24,7% superior ao de 2017, de R$ 9,707 bilhões, o que deve elevar os ganhos da B3.

Já a participação dos estrangeiros no mercado segue expressiva, com 47,9% do volume negociado em novembro, ou seja, de cada R$ 100 comprados ou vendidos em ações na bolsa brasileira, R$ 47,90 eram de estrangeiros. A fatia, porém, está menor que os 50,4% de outubro e que os 49% da média do ano.

Quem ocupou o espaço dos estrangeiro foram as pessoas físicas, que ampliaram sua fatia para 20,2% em novembro, ante 17,8% de outubro e 18% da média do ano.

Os investidores institucionais responderam em novembro por 26,3% dos negócios, ante 26,4% do mês anterior e  27,7% da média do ano.

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