O faturamento do comércio varejista com as vendas de Natal pode superar os R$ 70 bilhões, o que indica que este mês será o melhor dezembro de toda a série. iniciada em 2008, ultrapassando as vendas registradas no Natal de 2013, até então as mais altas para o mês, que alcançaram R$ 69,4 bilhões. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) . A entidade estima que o faturamento real de vendas em 2018 fique em R$ 682,7 bilhões, valor R$ 34,1 bilhões maior em relação a 2017.
Segundo a FecomercioSP, o comércio varejista no Estado de São Paulo tem registrado índices de expansão do seu faturamento real ao longo de todo ano de 2018 em comparação a 2017. Na análise da entidade, até setembro, a taxa média mensal de expansão de vendas ficou acima de 5%, resultado ainda mais significativo quando se considera que no ano passado, o crescimento acumulado foi de 4,2%.
Vendas maiores em Campinas e Osasco
As regiões de Campinas e Osasco devem registrar os melhores desempenhos em 2018 em relação a 2017. Para a FecomercioSP, o faturamento em Campinas deve fechar o ano em R$ 62,2 milhões, alta de 11% em relação ao ano passado. Em Osasco, as vendas devem subir 7% e faturamento real projetado é de R$ 57,3 bilhões.
Os piores resultados do varejo no Estado devem ser registrados nas regiões de Presidente Prudente e ABCD. O comércio na região de Presidente Prudente deve apresentar leve alta de 2% e faturamento real estimado de R$ 9,6 bilhões. Já na região do ABCD, o aumento deve ser de 3%, com faturamento real previsto de R$ 38 bilhões.
Segundo a Federação, em 2018, neste ano o varejo registrou crescimento generalizado em todos os seus segmentos, repetindo o desempenho positivo iniciado em 2017. O avanço continuou ancorado nos bons desempenhos dos segmentos ligados ao comércio de bens duráveis, cujas taxas médias de expansão mensal foram, em média, 60% maiores do que as registradas nas atividades de bens semiduráveis e não duráveis.
Recomposição da renda familiar
Boavista espera crescimento de 3,5% no Natal
Segundo os economistas da Boa Vista, a expectativa de crescimento é justificada, entre outros fatores, pelas condições favoráveis do mercado de crédito. Diante de uma inadimplência baixa, os bancos vêm se mostrando cada vez mais dispostos a aumentar a oferta de empréstimos. Já por parte dos consumidores, as taxas de juros menores e a melhora da confiança nos últimos meses vêm elevando a demanda por crédito.Mas o elevado nível de desemprego e o fraco crescimento da renda impedem um crescimento ainda mais expressivo das vendas. Os economistas ponderam que a projeção de crescimento menor do que o registrado na Black Friday, quando as vendas apresentaram alta de 4,7%, não sugere enfraquecimento do movimento do comércio. Eles ressaltam que o Natal é uma data já consolidada no varejo, enquanto a Black Friday vem ganhando relevância ano após ano.
83% dos consumidores vão às compras
Ainda de acordo com a Boa Vista, 83% dos consumidores brasileiros pretendem ir às compras no Natal de 2018, o que representa um universo de 119,3 milhões de pessoas, que devem movimentar, somente no varejo, a cifra de R$ 57,6 bilhões, valor que representa 32,3% das receitas do varejo de dezembro e 3,7% das receitas do varejo de todo o ano.
É o que mostram as estimativas da Boa Vista elaboradas a partir dos dados da Pesquisa Anual do Comércio do IBGE, da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, das estimativas populacionais do IBGE e da pesquisa com consumidores sobre os hábitos de consumo no Natal e Fim de ano realizada pela própria Boa Vista.