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Boeing 737 Max: Investidores se protegem após "semelhanças" e falhas cruciais

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As ações da Boeing caíram mais de 10% nesta semana, mas os negócios com derivativos indicam que há investidores preocupados com mais declínios. A venda de “puts”, opções que dão ao investidor o direito de vender as ações a um preço pré-determinado e que são usadas como proteção contra quedas nos papéis, dispararam para 237 mil contratos na terça-feira – 20 vezes o volume médio diário – e continuam altas desde então. O custo para proteger-se contra uma queda de mais 10% nas ações da Boeing quase dobrou.

Muitos investidores da Boeing estão correndo para o mercado de derivativos para proteger-se contra mais desvalorizações nas ações da empresa, diante da perspectiva de que a suspensão dos vôos de seu 737 Max, de altas vendas, dure pelo menos várias semanas e tenha custos que podem chegar a bem mais de US$ 1 bilhão.

Uma análise dos dados das caixas-pretas de um avião da Ethiopian Airlines que caiu na semana passada matando todas as 157 pessoas a bordo mostrou “semelhanças claras” com o acidente da Lion Air em outubro, disse um porta-voz do Ministério dos Transportes da Etiópia.

Ambos os aviões eram do modelo Boeing 737 MAX 8s, e os dois caíram minutos após a decolagem depois de os pilotos reportarem problemas com os controles das aeronaves.

Preocupações com a segurança dos aviões fizeram com que autoridades da aviação de todo o mundo pedissem que o modelo saísse de operação, o que causou a perda de milhões de dólares da Boeing(BOV:BOEI34) em valor de mercado.

“É o mesmo caso do acidente com o avião da Indonésia. Há claras similaridades entre as duas quedas até agora”, disse o porta-voz Muse Yiheyis à Reuters.

“Os dados foram recuperados com sucesso. Isso foi validado pela nossa equipe e o time americano. O ministro agradeceu ao governo francês. Daremos mais detalhes em três ou quatro dias”.

Um relatório preliminar sobre o acidente deve ser divulgado em 30 dias, informou o Wall Street Journal, citando o ministro.

Falhas cruciais em testes de segurança no 737 Max da Boeing

Os testes de segurança da Boeing para o novo sistema de controle de voo instalado nos aviões de modelo 737 MAX tinham diversas falhas, afirmou neste domingo o jornal The Seattle Times.

A análise feita pela fabricante sobre o novo sistema, chamado MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System) subestimou o poder do equipamento, informou o jornal, citando engenheiros atuais e passados da Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA).

A FAA também não realizou uma inspeção especial na frota e seguiu um processo padrão de certificação, informou o jornal, citando um porta-voz da entidade.

A FAA se negou a comentar a reportagem do Seattle Times, e fez alusão a comunicados anteriores sobre o processo de certificação. A agência afirmou que o procedimento do 737-MAX seguiu o padrão da entidade.

 O jornal também revelou que a Boeing e a FAA foram informadas sobre as especifidades do caso e acionadas há 11 dias, antes da queda da aeronave da Ethiopian Airlines, no último domingo, que matou todas as 157 pessoas a borda.

O mesmo modelo caiu na costa da Indonésia em outubro, matando todos os 189 a bordo, em um voo da empresa Lion Air.

Na segunda-feira passada, a Boeing disse que vai realizar um upgrade no software do 737 MAX 8, poucas horas após a agência ter pedido “mudanças de desenho” no modelo até abril.

 Um porta-voz da Boeing disse que o 737 MAX foi certificado de acordo com exigências e processos da FAA idênticos aos que certificaram todos os seus modelos recentes.

Um porta-voz da agência afirmou que o órgão concluiu que o MCAS do 737 MAX cumpria todas as certificações e exigências obrigatórias.

Companhias Aéreas podem revisar encomendas

A proibição de voos da frota global de Boeings 737 MAX tem trazido dor de cabeça para companhias aéreas, mas deu a algumas empresas uma oportunidade bem vinda para reavaliarem suas encomendas de aviões.

Países e companhias aéreas ao redor do mundo suspenderam os voos com o 737 MAX esta semana depois que um avião da família operado pela Ethiopian Airlines caiu matando todas as 157 pessoas a bordo. O desastre aconteceu cinco meses depois que um jato do mesmo modelo, operado pela Lion Air, caiu na Indonésia.

Para empresas que fizeram pedidos excessivos do modelo, a suspensão dos voos pode ser uma boa desculpa para atrasarem ou cancelarem compras, afirmam analistas.

“Estas eventos podem dar às companhias aéreas que potencialmente fizeram pedidos demais uma oportunidade para reverem suas encomendas e estratégia de frota”, disse o analista Brendan Sobie, da CAPA Centre for Aviation.

Muitas companhias aéreas tiveram que ser rápidas em encontrar outras aeronaves para substituir os 737 MAX parados. A Southwest Airlines, maior operadora do avião no mundo, estava planejando usar o modelo na nova rota Califórnia-Havaí este ano.

Enquanto isso, a Gol inaugurou voos do Brasil para Orlando e Miami em Novembro passado depois de ter recebido suas primeiras unidades do 737 MAX. A companhia aérea brasileira tem 7 unidades do 737 MAX em sua frota e encomendas de 135 aeronaves MAX 8 e MAX 10 a serem entregues até 2028. A empresa informou nesta semana que “reitera a confiança na segurança de suas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001, e que está acompanhando de forma intensiva todos os fatos, que permitam o retorno das aeronaves às operações regulares da companhia no menor espaço de tempo possível”.

Normalmente as fabricantes de aviões cobram penalidades de companhias aéreas que cancelam pedidos. O contrário, quando o fabricante não entrega as aeronaves pedidas, também ocorre. Mas não está claro quanto de base legal a suspensão dos voos do 737 MAX dará às companhias aéreas para rever contratos ou buscar reparações de danos por custos adicionais e perda de receita.

Entre companhias aéreas que podem ter se arrependido de encomendar número excessivo de 737 MAX, Sobie citou a vietnamita VietJet Aviation JSC, que fez pedido de 200 737 MAX. A empresa afirmou que está monitorando a situação de perto e que tomará uma decisão sobre sua encomenda quando tiver mais informações sobre a situação.

 Já a Malaysia Airlines afirmou nesta sexta-feira que sua encomenda de 25 737 MAX está sob revisão. A Garuda Indonesia disse nesta semana que poderá cancelar a encomenda de 20 aviões do modelo.

A Lion Air afirmou à Reuters na quarta-feira que planeja suspender todas as 187 entregas de 737 MAX até que os resultados da investigação de seu acidente sejam divulgadas neste ano.

Na Europa, analistas afirmam que a Norwegian Air, que está com caixa apertado, pode cancelar pedidos de 737 MAX. Um porta-voz da Norwegian Air não comentou sobre o assunto nesta sexta-feira.

Caso a Boeing não consiga resolver seu problema de segurança, a empresa área russa Aeroflot também vai cancelar o pedido com 20 aeronaves do modelo 737.

A empresa suspendeu as entregas mas não parou a produção, prometendo atualizar o software, mudando o sistema antibloqueio, em até 10 dias.
(Com informações da Reuters)

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