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Fique de olho: CCR faz acordo de leniência, Paulo Preto pega 145 anos, inflação dos pobres desacelera

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CCR fecha acordo no Paraná e reduzirá pedágio

A CCR anunciou ontem que sua subsidiária Rodonorte fechou um acordo de leniência com o Ministério Público do Paraná para encerrar um processo envolvendo pagamento de propinas para autoridades do Estado.

A empresa pagará R$ uma multa de R$ 35 milhões e dará um desconto de 30% nas tarifas de pedágio por pelo menos 12 meses até atingir o valor de R$ 350 milhões. A empresa deverá investir ainda R$ 365 milhões em obras e se submeter à auditorias externas de compliance.

A decisão foi vista como positiva pelo mercado, por encerrar a pendência com a Justiça. Segundo a Itaú Corretora, a empresa renovou sua diretoria e apresenta um balanço saudável e deve ter um 2019 bem melhor. A corretora recomenda manter o papel, com preço justo de R$ 12,00. A ação fechou ontem a R$ 13,51, em queda de 3,15%.

BB Seguros quer vender sua participação no IRB

O Banco do Brasil definiu que quer vender sua participação na resseguradora IRB, detida pela controlada BB Seguros, segundo o jornal Valor Econômico. Conforme três fontes com conhecimento do assunto, a forma de preferência da administração do BB para a operação é uma oferta subsequente de ações (“follow-on”), tal como fez a Caixa em fevereiro para vender as ações detidas pelo fundo Fgeduc. No caso do BB, no entanto, o processo será um pouco mais complexo,já que as ações estão vinculadas ao acordo de acionistas.

Azul tem aumento de 18,4% no tráfego

A companhia aérea Azul informou ontem que registrou em fevereiro um crescimento de 18,4% no tráfego de passageiros consolidado, medido em passageiros-quilômetros disponíveis (ASK, na sigla em inglês), em comparação com o mesmo mês de 2018. O total de passageiros registrados no mês passado foi de 2,07 milhões. A oferta total, medida em assentosquilômetros disponíveis (ASK, na sigla em inglês) atingiu 2,55 milhões de assentos. O crescimento foi de 16,9% na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação de voos cresceu 1 ponto percentual em relação a fevereiro de 2018,para 81,1%.

Paulo Preço é condenado a 145 anos

A Justiça Federal em São Paulo condenou hoje (6) o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, a 145 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de peculato – desvio de dinheiro público – inserção de dados falsos em sistema da administração pública, e associação criminosa.

Ele é apontado como operador do PSDB e sua condenação pode levar a uma delação premiada que ameaçaria figuras importantes de um dos principais partidos do país.  A decisão, da juíza Maria Isabel do Prado, titular da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, considera que Souza comandou um esquema de desvio de mais de R$ 7 milhões que deveriam ter sido usados na indenização de moradores prejudicados pelas obras do entorno do trecho sul do Rodoanel de São Paulo e a ampliação das avenidas Jacu Pêssego e Marginal do Tietê.

Paulo Preto deverá pagar ainda 4.320 dias-multa de cinco salários-mínimos (cerca de R$ 13,4 milhões). A Justiça Federal também decretou a perda dos bens de Vieira e indenização de R$ 7.725.012,18 aos cofres públicos, solidariamente junto a outros condenados.  Esta é a segunda sentença da Justiça Federal em ações penais da Lava Jato em São Paulo. Na última quinta-feira (28), o ex-diretor da Dersa foi condenado a pena de 27 anos e oito dias de prisão por ter ter fraudado licitações e participado de formação de cartel em obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo entre 2004 e 2015.

Paulo Preto está preso desde fevereiro, quando foi deflagrada a 60ª fase da Operação Lava Jato. De acordo com o MPF, a operação investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada com a Odebrecht. Paulo Preto é apontado como operador de esquemas envolvendo o PSDB em São Paulo. Pelos cálculos da procuradoria, as transações investigadas superam R$ 130 milhões.

Mercado reduz projeções de crescimento do país

O mercado ajustou para baixo suas expectativas de crescimento do PIB deste ano, de acordo com o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central ontem. A mediana das projeções passou de 2,48% para 2,30%, mas para 2020 foi revisada de 2,65% para 2,70%. As medianas das demais projeções foram mantidas na última semana.

Em relação a inflação, a mediana sugere altas de 3,85% e de 4,00%, respectivamente, para 2019 e 2020. De acordo com os analistas, a Selic de encerramento nos dois períodos será de 6,5% e de 8,0%, respectivamente, enquanto a mediana das projeções para a taxa de câmbio é de R$ 3,70 para este ano e R$ 3,75 para o próximo.

Mercados na Europa aguardam BCE

Os principais mercados acionários registram perdas nesta manhã. Segundo o Departamento Econômico do Bradesco, com questões geopolíticas no radar, os investidores mantêm uma postura de cautela. Apesar dos recentes progressos nas tratativas comerciais, não está claro se EUA e China resolverão, de fato, as desavenças de forma duradoura. Assim, os principais pregões asiáticos fecharam em queda.

Na Europa, além do impasse entre as duas maiores economias mundiais e da complicada negociação entre Reino Unido e União Europeia para o Brexit, questões locais reforçam o quadro de incertezas. Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) anunciará sua decisão de política monetária e pode sinalizar fortes estímulos à economia, especialmente após a surpresa negativa na divulgação do PIB da região ocorrida também nesta data. Os mercados europeus operam em queda, da mesma forma que os índices futuros americanos.

Inflação da baixa renda desacelera para 0,49% em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) de fevereiro variou 0,49%, ficando 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de janeiro, quando o índice havia subido 0,61%. O índice mede o custo de vida de famílias com renda até 2,5 salários mínimos e faz parte do IPC-C1, que inclui rendas mais altas e entra no cálculo do IGP-DI.

Com este resultado, o IPC-C1 acumula alta de 1,10% no ano e 4,81% nos últimos 12 meses, informou hoje a Fundação Getulio Vargas. Em janeiro, o IPC-BR subiu 0,35%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 4,38%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.

Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (1,84% para 0,22%), Educação, Leitura e Recreação (2,00% para -0,24%), Despesas Diversas (0,27% para 0,08%) e Comunicação (0,01% para -0,05%). Em contrapartida, os grupos Habitação (0,19% para 0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,02% para 0,50%), Alimentação (0,84% para 0,97%) e Vestuário (-0,56% para -0,04%) apresentaram avanço em suas taxas de variação.

IPC-Fipe sobe 0,54% em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe fechou fevereiro com alta de 0,54%. A variação ficou abaixo da registrada em janeiro, de 0,58%.   O item Alimentação puxou a inflação, com alta de 1,64% (1,13% em janeiro), seguido por Habitação, que registrou alta de 0,41% (0,11% em janeiro), Saúde, com 29% (0,26% no mês anterior), Transporte, com 0,22% (1,16% em janeiro) e Vestuário, com 0,20% (0,09% no mês anterior). Educação subiu 0,03% (3,31% em janeiro) e Despesas Pessoais recuaram 0,36% (-0,23% no mês anterior).

Déficit comercial dos EUA bate recorde

O Departamento de Comércio americano informou ontem que o déficit comercial dos EUA no ano passado foi de US$ 878,7 bilhões, o valor mais alto já registrado. Isso representa aumento de 10,4% em relação ao ano anterior.

A redução de impostos feita pelo presidente Donald Trump e a expectativa de aumento das tarifas de importação, que podem elevar o custo dos importados no futuro, provocou um forte aumento do consumo e antecipação das compras externas.

O déficit comercial dos EUA com a China foi de US$ 419,1 bilhões, um aumento de 11,6% em comparação ao ano anterior e o maior valor já registrado.  O governo Trump impôs altas tarifas sobre importações de produtos chineses, em um processo gradual que começou em março do ano passado. Entretanto, as importações continuaram a crescer, enquanto as exportações diminuíram, afetadas pelas medidas retaliatórias da China.

OCDE vê menor crescimento do Brasil

A economia brasileira deve crescer 1,9% este ano. Essa é a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país, divulgada hoje (6) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A estimativa é menor do que a divulgada pela organização em novembro do ano passado, que foi de 2,1%. Para 2020, a OCDE manteve a previsão de expansão em 2,4%.

Apesar da redução na estimativa, de acordo com a entidade, uma recuperação moderada da economia está em curso no Brasil. “Maior confiança das empresas, menor incerteza política, inflação baixa e melhora no mercado de trabalho servirão de base para a demanda interna”, diz o relatório. Para a OCDE, a implementação bem sucedida da agenda de reformas do novo governo, particularmente a reforma previdenciária, continua sendo fundamental para uma retomada mais forte do crescimento.

A projeção da OCDE está abaixo da expectativa do mercado brasileiro. De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, a estimativa para a expansão do PIB é de 2,48% para este ano e 2,65% para 2020. De acordo com a OCDE, a economia mundial também continua perdendo força, por isso houve redução da estimativa de crescimento para 3,3% em 2019 e 3,4% no próximo ano. Em novembro, a organização previa expansão de 3,5% tanto neste ano quanto em 2020.

(Com informações da Agência Brasil)

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