O nível de atividade da economia brasileira aferido mensalmente pelo Banco Central (BC) caiu no primeiro mês do ano. De acordo com a autoridade monetária, o IBC-Br teve retração de 0,41% em janeiro de 2019, na comparação com o mês anterior, após a realização de ajustes sazonais.
Segundo os números divulgados pela autoridade monetária, o IBC-Br encerrou o primeiro mês de 2019 com 138,18 pontos. Em dezembro de 2018, o IBC-Br finalizou o mês com 138,76 pontos (dado revisado).
Avaliando a variação mensal do indicador observado, ou seja, a oscilação de um mês para o outro sem a realização de ajustes sazonais, houve redução de 2,35% na economia brasileira entre janeiro de 2019 e dezembro de 2018, quando o indicador passou de 136,36 pontos (dado revisado) para 133,16 pontos.
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Entenda o IBC-Br
O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
Juros
O indicador é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 6,50% ao ano e a estimativa do mercado é que se mantenha nesse patamar até o fim do ano.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.