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Produção industrial brasileira registrou retração anual de 2,6% anual em Janeiro de 2019

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Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial brasileira apontou redução de 2,6% em janeiro de 2019, após também registrar quedas em novembro (-1,0%) e dezembro de 2018 (-3,6%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 0,5% em janeiro de 2019, permaneceu com a perda de ritmo iniciada em julho de 2018 (3,4%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou redução de 2,6% em janeiro de 2019, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 50 dos 79 grupos e 58,5% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que janeiro de 2019 (22 dias) teve o mesmo número de dias úteis que igual mês do ano anterior (22).

Categorias Econômicas

Bens de capital (-7,7%) e bens de consumo duráveis (-5,5%) assinalaram, em janeiro de 2019, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,9%) também apontou queda mais elevada do que a média nacional (-2,6%), enquanto o segmento de bens intermediários (-1,3%) mostrou a taxa negativa menos intensa.

O setor produtor de bens de capital, ao recuar 7,7% no índice mensal de janeiro de 2019, assinalou o segundo resultado negativo seguido e marcou a queda mais elevada desde outubro de 2016 (-8,2%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande medida, pela queda observada no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-6,9%), pressionado, principalmente, pela menor fabricação de veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator para reboques e semirreboques, aviões e vagões de passageiros e para transporte de mercadorias. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital para fins industriais (-9,5%), agrícolas (-6,9%), para construção (-3,9%), para energia elétrica (-0,9%) e de uso misto (-2,3%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 5,5% em janeiro de 2019 frente a igual período do ano anterior, marcando, dessa forma, a terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas com queda menos acentuada do que a observada no mês anterior (-13,6%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela redução na fabricação de automóveis (-3,8%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-13,6%). Vale citar também os recuos assinalados por móveis (-5,1%) e outros eletrodomésticos (-9,6%). Por outro lado, os principais impactos positivos foram verificados em eletrodomésticos da “linha branca” (1,1%) e motocicletas (3,6%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis mostrou redução de 2,9% em janeiro de 2019, terceira taxa negativa consecutiva e a mais intensa dessa sequência. O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pela queda verificada no grupamento de não-duráveis (-9,2%), pressionado, em grande parte, pela menor fabricação de medicamentos. Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos subsetores de carburantes (-8,1%) e de semiduráveis (-2,8%), influenciados, sobretudo, pelos recuos registrados nos itens gasolina automotiva e álcool etílico, no primeiro; e calçados de plástico moldado, calçados de material sintético feminino, cds, calças, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de malha de uso feminino, tapetes e outros revestimentos para pavimentos, dvds, vestuário e seus acessórios de malha para bebês, roupas de banho de tecidos de algodão, calças compridas e garrafas térmicas, no segundo. Por outro lado, o grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (1,0%) apontou a única taxa positiva nessa categoria, impulsionado, principalmente, pela expansão na produção de cervejas, chope, sorvetes e picolés, refrigerantes, carnes de bovinos congeladas e bombons e chocolates em barras.

A produção de bens intermediários apontou redução de 1,3% no índice mensal de janeiro de 2019, mantendo, dessa forma, o comportamento negativo presente nos últimos quatro meses de 2018: setembro (-2,8%), outubro (-0,6%), novembro (-1,4%) e dezembro (-2,7%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (-10,5%), de máquinas e equipamentos (-12,7%), de metalurgia (-2,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-4,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,8%), de produtos têxteis (-3,6%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,2%), enquanto as pressões positivas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos de metal (5,5%), indústrias extrativas (1,0%), outros produtos químicos (0,4%) e produtos de minerais não-metálicos (0,2%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-0,3%), que marcou a terceira queda seguida, mas a menos intensa dessa sequência; e de embalagens (2,3%), que voltou a crescer após recuar 2,6% no mês anterior, quando interrompeu seis meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação.

Atividades da Indústria

Entre as atividades, produtos alimentícios (-4,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-22,5%) e máquinas e equipamentos (-10,3%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande medida, pela menor fabricação dos itens tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, açúcar cristal, VHP e refinado de cana-de-açúcar, sucos concentrados de laranja, óleo de soja em bruto, balas e pastilhas, rações e carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, na primeira; medicamentos, na segunda; e máquinas para o setor de celulose, rolamentos de esferas, agulhas, cilindros ou roletes para equipamentos industriais, máquinas para colheita e suas partes e peças, aparelhos de ar-condicionado de paredes e de janelas (inclusive os do tipo split system), tratores agrícolas, motoniveladores, máquinas para extração ou preparação de óleo, turbinas e rodas hidráulicas, máquinas para o setor de material plástico, máquinas portáteis para furar, serrar, cortar ou aparafusar, partes e peças de motores para máquinas industriais e refrigeradores, vitrinas, câmaras frigoríficas e semelhantes para uso industrial ou comercial, na última. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-14,2%), de metalurgia (-2,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,9%), de produtos de madeira (-8,2%), de outros equipamentos de transporte (-8,7%) e de produtos de borracha e de material plástico (-2,6%). Em termos de produtos, os impactos negativos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis e autopeças; televisores, aparelhos de comutação para telefonia, cartões inteligentes (smart cards), gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater integrado ou semelhantes), computadores pessoais de mesa (PC desktops), unidades centrais para supervisão e controle de automação industrial, antenas, máquinas automáticas digitais para processamento de dados e impressoras; serviço de manutenção e reparação para máquinas e equipamentos de usos industriais, para estruturas flutuantes, para prospecção e extração mineral e para máquinas, aparelhos e materiais elétricos; tubos de aços com costura utilizados em oleodutos ou gasodutos, bobinas a quente de aços ao carbono não revestidos, folhas-de- flandres, fio-máquina de aços ao carbono, óxido de alumínio, bobinas a frio de aços ao carbono não revestidos, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, zinco e ligas de zinco em formas brutas e bobinas ou chapas de outras ligas de aço; pastas químicas de madeira (celulose); madeira serrada, aplainada ou polida e painéis de fibras de madeira; aviões, vagões de passageiros e para transporte de mercadorias, embarcações para transporte (inclusive petroleiros e plataformas), rebocadores e outros barcos para empurrar embarcações e partes e peças para veículos ferroviários; e peças e acessórios de plástico e de borracha para indústria automobilística, reservatórios, caixas de água, cisternas, piscinas e artefatos semelhantes de plástico, artigos descartáveis de plástico, artigos de plástico para uso doméstico, tubos ou canos de plásticos para construção civil, pneus novos para automóveis, tubos, canos e mangueiras de borracha vulcanizada, tubos flexíveis de plástico, filmes de material plástico (inclusive BOPP) para embalagem e peças e acessórios de plástico para indústria eletroeletrônica.

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2018, entre os oito setores que apontaram ampliação na produção, os principais impactos no total da indústria foram registrados por produtos de metal (6,8%), indústrias extrativas (1,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,1%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de construções pré-fabricadas de metal, artefatos diversos de cobre estampado, aparelhos de barbear, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, artefatos de alumínio para uso doméstico, caldeiras geradores de vapor e artefatos diversos de ferro e aço trefilados, no primeiro; de minérios de ferro, no segundo; e de óleo diesel, naftas para petroquímica, biodiesel e óleos combustíveis, no último.

Pesquisa Industrial Mensal

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de janeiro de 2019.

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