A S&P Global Ratings afirmou nesta segunda-feira que o acordo não vinculante anunciado pela Azul(BOV:AZUL4) para comprar parte dos ativos da Avianca Brasil (não avaliada) é neutro do ponto de vista de crédito no curto prazo, destacando que a companhia está em processo de recuperação judicial. “Por um lado, acreditamos que o montante proposto de cerca de US$ 105 milhões deve atrasar a desalavancagem da empresa, mas o impacto de crédito não seria significativo. Por outro lado, acreditamos que a transação deve beneficiar os negócios da Azul no longo prazo”, diz o comunicado da agência de risco.
Em 30 de setembro de 2018, a Azul detinha uma considerável posição de caixa e equivalentes de curto prazo de R$ 1,56 bilhão. Se a empresa financiar a transação com novas emissões de dívida, os analistas projetam seu índice de dívida bruta sobre Ebitda ligeiramente abaixo de 4,0 vezes e geração interna de caixa (FFO – funds from operations) sobre dívida em torno de 20% em 2019, comparado a nossas expectativas anteriores de 3,6x-3,8x e ligeiramente acima e 20%, respectivamente.
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A transação pode levar meses para ser concluída, uma vez que está sujeita a diversas aprovações, incluindo o processo de recuperação judicial da Avianca, bem como às aprovações de seus credores e do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Além disso, outros players podem estar interessados nos ativos da Avianca Brasil, dado que o acordo da Azul ainda é não vinculante.